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RONDÔNIA

Porto Velho: Escola Brasília continua sem aulas

Para muitos pais, ter uma escola próxima de casa significa tranquilidade e qualidade de vida – uma vez que os filhos têm a..

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Publicado: 04/02/2015 às 03h05min | Atualizado 28/04/2015 às 12h51min

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A placa em frente à escola informa detalhes sobre a obra: 240 dias – prazo dado para a entrega e o valor estimado em quase R$3 milhões

Para muitos pais, ter uma escola próxima de casa significa tranquilidade e qualidade de vida – uma vez que os filhos têm a possibilidade de irem e voltarem a pé para a instituição. No entanto, estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brasília, na zona Norte da cidade, devem continuar tendo aulas longe de onde moram, uma vez que a escola entrou em processo de reforma em 2012 e até o momento não foi entregue à comunidade. A escola foi criada pelo Decreto-Lei nº 795 de 05/08/1976, na gestão do governador coronel Humberto da Silva Guedes.

A equipe do Diário esteve na escola e observou que grande parte das obras foram feitas e a estrutura parece adequada para atender os alunos (com exceção do matagal que tem dominado até a quadra de esportes). A placa em frente à escola informa detalhes sobre a obra: 240 dias foi o prazo dado para a entrega do empreendimento pronto e o valor da obra ficou estimado em quase R$ 3 milhões. Segundo informações divulgadas pela assessoria da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), 50% da obra já foi executada e sete medições de serviços já foram pagas, restando cinco medições para conclusão das obras.

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Segundo informações da Seduc, 50% da obra foi executada

Alunos foram alocados na Fatec

Segundo os moradores da região, os filhos estão alocados na Faculdade de Ciências Administrativas e de Tecnologia (Fatec), que fica na avenida Jorge Teixeira. A distância das residências até o novo local de ensino é um contratempo para os pais, que ainda sonham com a escola Brasília funcionando novamente. É o caso do vigilante Valdinei Monteiro, que tem uma filha matriculada no 8º ano do Ensino Fundamental. “Se o Brasília estivesse funcionando como nos prometeram que estaria, seria muito melhor para mim e para minha filha, pois estudar perto de casa facilita uma maior qualidade de vida”, afirma.

Ele lembra ainda que a escola está passando por reformas há mais de três anos. Monteiro mora a menos de um quarteirão da escola e relata a situação atual da instituição: o mato domina até as calçadas do colégio, tanto fora quando dentro da instituição, os muros estão esburacados, o que possibilita uma visão de como está o interior da instituição.

De acordo com o comerciante, Oscar Solano – que mora e rege um minimercado ao lado da escola, ao longo desses anos de reforma, muitos boatos surgiram referente a data de inauguração do prédio. “Ouvi boatos no bairro de que agora em janeiro já estaria pronta para ter aulas, mas está tudo do mesmo jeito. Os boatos de hoje já falam que estará pronto em junho e em julho, depois das férias, já deve receber os alunos, mas a gente já não está mais querendo acreditar apenas em boatos”, desabafa.

A assessoria da Seduc informou que a continuidade das obras depende da resolução de um processo judicial que está em andamento. Por conta disso, a secretaria não comentou o assunto.

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Os alunos da Escola Rural Maria do Carmo terminaram o ano letivo na Escola Maria Izaura

Escolas municipais devem passar por reformas

Desde a enchente histórica do rio Madeira no ano passado, algumas escolas precisaram passar por reformas e melhorias para que voltassem a funcionar. Com informações da Semed (Secretaria Municipal da Educação). A maioria delas já está em condições de receber os alunos, mas a Escola Rural Maria do Carmo, que foi atingida pela cheia e precisou ser interditada, precisa de outro lugar para passar o conhecimento aos estudantes.

Segundo a secretária-adjunta da Semed, professora Josinéia Araújo Rodrigues, não há previsão para a escola da área rural ser reformada e, por isso, os estudantes estão tendo aula na Escola Maria Izaura, que fica na zona Norte da capital. “Os pais que queiram matricular os filhos na Maria do Carmo só precisam ir até a escola, tendo vagas é possível que os filhos possam estudar na escola desejada”, explica.

Os alunos da Escola Maria Izaura estão alocados no prédio do Proensino desde o ano passado. O novo local de estudo fica próximo à ponte do rio Madeira. “Até chegarmos a uma conclusão se iremos ou não reformar a Maria Izaura, não podemos dar uma previsão para que os estudantes retornem à escola, mas não vemos necessidade [de reforma]”, conta a secretária.

Caso o colégio precise ser reformado, os alunos da Escola Maria do Carmo seriam transferidos para um prédio alugado no bairro Nacional. “Estamos à procura de um prédio que possa comportar estes alunos, mas ainda não temos um local adequado para recebê-los, então estamos mantendo-os no Maria Izaura”, revela.

A Escola Maria do Carmo foi atingida pela cheia de 2014

A Escola Maria do Carmo foi atingida pela cheia de 2014

Matrículas seguem nas escolas prejudicadas

Josinéia ainda afirma que as matrículas de alunos de acordo com a chamada escolar seguem normalmente e podem ser feitas pelos pais tanto na Maria Izaura quanto na Maria do Carmo. “Na escola da zona rural a chamada escolar nem seria feita, pois é um colégio que atende um público muito específico, mas os pais que desejam colocar os filhos lá podem procurar a escola normalmente”, conta. A secretária ainda lembra que está ocorrendo a segunda etapa da chamada escolar, referida como “plantão”, desde ontem (3) até o dia 6 de fevereiro no Teatro Banzeiros.

A diretora do Departamento de Educação Municipal, Josineide da Silva, lembra que cerca de cinco escolas serviram como abrigo para os atingidos pela enchente e precisaram ser reformadas, o que resultou em uma readaptação do calendário escolar. “Estas crianças que foram remanejadas para outros locais de ensino devem voltar para as escolas reformadas este mês, retomando normalmente as aulas”, finaliza.

Com relação à Escola Municipal Chiquilito F., conhecida na cidade pelo nome de “Padrão”, a Semed não se pronunciou. A escola era famosa por ser uma instituição que contava com piscina, quadras poliesportivas que serviam de modelo para outros colégios, entre outros benefícios.

 



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