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Diário da Amazônia

Especialistas debatem regularização fundiária

Presidente da Fiero diz que principal bandeira do estado deve ser a união do os objetivos comuns.

Por Assessoria
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Publicado: 12/03/2017 às 05h30min

Presidente da Fiero, Marcelo Thomé discursa na abertura do Seminário Florestal Rondônia

Com a participação do governador Confúcio Moura, especialistas e empresários do segmento da madeira, a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), governo Estadual e Ibama, realizou na última quinta-feira, 9, o Seminário Florestal Rondônia superando desafios. Conselheiros e diretores da Fiero também prestigiaram o evento.

O presidente do Sistema Fiero, Marcelo Thomé abriu o evento afirmando que a Federação e o governo do Estado vêm, a partir deste Seminário, propor uma sinergia entre os atores deste proceso – órgãos federal, estadual, municipal, fundações, institutos e Ongs – para destinar ao setor florestal a atenção que ele deve ter.

“O potencial de nossa economia florestal está se exaurindo em atividades clandestinas nos nossos parques (federais e estaduais), nas nossas florestas nacionais, nas nossas reservas e áreas protegidas. Com determinação e ações planejadas, Rondônia será capaz de dar exemplo ao mundo em exploração sustentável de seus recursos naturais, com plena preservação e conservação dos seus biomas”, afirmou.

Para Thomé, a principal bandeira de Rondônia neste momento deve ser a da união com dois objetivos comuns: a regularização e licitação das nossas reservas florestais ao uso econômico sustentável; e a regularização fundiária de áreas já ocupadas e produzindo, mas cujos donos ainda não contam com o título de posse ou escritura.

O presidente do Conselho de Representantes da Fiero, Chagas Neto prestigiou o evento e destacou a atuação do presidente Marcelo Thomé e parabenizou a iniciativa de promover o diálogo do segmento da madeira com o governo Estadual. “A Fiero, por meio da CNI, trouxe especialistas para apresentar temas de relevância e de interesse do setor. Acreditamos que novos caminhos serão abertos para a retomada do desenvolvimento e do reconhecimento da importância da contribuição da indústria madeira para a economia”, comentou.

Desenvolvimento do estado foi o foco do seminário

A primeira parte do seminário contou com palestras e painéis como o da Agenda Florestal – Florestas e indústria: Agenda do Desenvolvimento, apresentado pelo especialista da Gerência Executiva do Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Mário Cardoso. Desafios ao fortalecimento do manejo florestal sustentável (Florestas Nativas) também foi tema de apresentação. O diretor de Concessão Florestal e Monitoramento do Serviço Florestal Brasileiro, Marcus Vinícius da Silva Alves falou de Concessões Florestais e o secretário do Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia (Sedam), Vilson de Sales Machado abordou Concessões Florestais de florestas estaduais.

Ainda pela manhã, o coordenador geral de Autorização do Uso da Flora e Floresta do Ibama-RO, André Sócrates de Almeida e o coordenador de Uso Sustentável dos Recursos Florestais, Paulo Vinícius Braga Marinho falaram sobre o Sistema de Controle de Origem de Produtos Florestais (Sinaflor).
O vice-presidente de Meio Ambiente e Sustentabilidade e representante regional do Sistema Fiero no Coema, Ivandro Justo Behenck destacou a palestra sobre a visão global do segmento e a indústria de base florestal nacional e sua exportação e o reflexo na economia. “O Instituto Florestal Brasileiro falou as licitações nas reservas estaduais e federais, os bons exemplos como a da Flora Jamari, que conseguiu manter a floresta. Houve ainda a palestra do secretário da Sedam, Vilson Machado, abordando o tema das reservas estaduais mostrou que o Estado está preocupado em viabilizar estas reservas, tanto para a exploração de manejo florestal sustentável madeireiro e não madeireiro”, comentou.

Sobre o debate da manhã, Behenck analisou como produtivo, pois os representantes do segmento expuseram ideias e a preocupação de encontrar o caminho que o Brasil precisa para achar seu foco na questão da produção florestal. “Muitos eventos foram realizados, porém este seminário partiu do interesse do governo Estadual, que quer conversar e ouvir o setor e estreitar o relacionamento promovendo o diálogo franco, direto e aberto e dirimir os gargalos”, explicou.



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