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Diário da Amazônia

Ex-prefeito é condenado por extorsão

Irandir Oliveira Souza, ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste foi condenado a 7 anos de reclusão.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 29/10/2017 às 06h15min

Ex-prefeito cumpre pena em regime aberto e já fez uso de tornozeleira eletrônica

O ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste-RO, Irandir Oliveira Souza, obteve na Justiça mais uma condenação. O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia confirmou, no último dia 26, a sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Ouro Preto do Oeste, condenando-o a uma pena de 7 anos de reclusão no regime inicial fechado, além de 60 dias multa, segundo informação obtida no site do TJ/RO.

Desta vez a condenação de Irandir foi pelo crime de extorsão. No acórdão proferido pela 1ª Câmara Especial, o relator Desembargador Gilberto Barbosa afirmou que há evidências da materialidade do delito, bem como sua indiscutível autoria, nos termos das provas colhidas na instrução processual.

O Ministério Público (MP) alegou que Irandir manteve um empresário em cárcere privado sob o olhar de seguranças armados, para ir com o outro sócio até uma agência bancária para sacar o valor exigido.

Irandir é verdadeiro proprietário da empresa de Transporte Coletivo Brasil Ltda., conhecida como Transbrasil, e vem acumulando, ao longo de sua vida, condenações criminais das mais variadas naturezas delituosas, a exemplo de falsidade ideológica, crimes eleitorais e crimes ambientais, sem contar outras investigações em curso por peculato e formação de quadrilha. Já foi preso e fez uso de tornozeleira eletrônica, cumprindo, atualmente, pena em regime aberto.

Mestre em artimanhas e engodos, Irandir ficou nacionalmente conhecido por ocasião de reportagem exibida pelo programa Fantástico da emissora Rede Globo, que denunciou, entre outros abusos, o esquema do chamado “Kit Liminar”. O jornal eletrônico Metrópoles, igualmente, já esmiuçou e fez tornar pública a vida pregressa e as atitudes nada ortodoxas praticadas sob o comando de Irandir.

Desde então Irandir vem travando intensa guerra nos Tribunais brasileiros, apresentando medidas judiciais diversas, sempre alegando “ser possuidor” de autorizações emitidas pela União, através do antigo DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, para o transporte de passageiros. O que poucos sabem, entretanto, é que essas autorizações são inverídicas, oriundas de falsificação documental e ideológica.

A reportagem do Diário da Amazônia apurou que existem diversos procedimentos investigatórios em curso contra Irandir e a Transbrasil, pela prática contumaz de falsificação de documentos e assinaturas para obtenção de decisões judiciais. Dentre eles apólices de seguro e autorizações do antigo DNER, que teriam sido – mas não o foram – expedidas pelo já falecido servidor público Hélio Paiva, grosseiramente falsificadas e que “rodam” os Tribunais brasileiros ludibriando a Justiça. Certamente mais condenações deverão se somar à já extensa ficha criminal do ex-prefeito Irandir.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vem lutando insistentemente para demonstrar os ardis praticados por Irandir que, de forma “inexplicável”, vem conseguindo obter liminares na Justiça para dar continuidade ao seu intento criminoso e falcatruas.

Enquanto isso os processos judiciais em andamento – e que podem dar cabo à farra criminosa da empresa Transbrasil e de seu ardiloso proprietário – na sua conhecida lentidão, aguardam julgamento e revelam expediente utilizado em todos os lugares do país onde promove ações, constituindo advogado e fazendo substabelecimentos a outros e que vão, reiteradamente, pegando carga dos processos e retendo com eles, sem nenhuma justificativa e em momentos que não poderiam ser retirados do cartório, revelando mais um artifício do esperto Irandir.



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