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Diário da Amazônia

Qualidade da carne do gado Angus

A genética do gado Angus ganha destaque no exterior por garantir carne de qualidade.

Por Assessoria
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Publicado: 29/10/2017 às 06h10min

“Há 20 anos não se falava em programas de qualidade de carne bovina, muito menos havia melhores remunerações por qualidade de carcaça aos pecuaristas. Hoje, vivemos uma nova pecuária, cuja cadeia produtiva está preparada para o abate de animais muito jovens, em torno de 16 meses de idade, com 20 arrobas de peso bem distribuído e carne com boa presença de marmoreio.”

A análise é do presidente da VPJ Alimentos, Valdomiro Poliselli Jr, premiado pela segunda vez como melhor produtor de carne de qualidade do Brasil na BeefExpo 2017, o maior evento indoor da cadeia da carne bovina na América Latina.

De acordo com Valdomiro Poliselli Jr, muito desse sucesso passa pela raça Angus. “De origem britânica, mas radicada na pecuária brasileira por muitas décadas, é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade de carcaça e precocidade de terminação, bem como a incrível maciez, sabor e suculência dos cortes produzidos. A carne Angus tem sinônimo de qualidade”, avalia. Ponto para o Programa Carne Angus Certificada, que alinhou fortes parcerias com os principais frigoríficos do País e ainda garantiu a possibilidade de os pecuaristas receberem bonificações acima de 12% da cotação convencional da arroba do boi gordo. “E tal consolidação levou a uma corrida frenética por genética Angus”, acentua o presidente da VPJ Alimentos.

Além disso, segundo Valdomiro Poliselli Jr, países como a Turquia compraram mais de 80 mil bezerros, recentemente, de algumas fazendas brasileiras e todos nascidos do cruzamento entre as raças Angus e Nelore, o casamento perfeito para a produção de carne de qualidade. Ele acrescenta que este modelo de exportação de desmama cruza Angus tende a crescer muito no País. “Os preços do gado Angus dispararam. O quilo vivo de um bezerro desmamado F1 (meio-sangue Angus x Nelore) já corteja os R$ 6,50, muito superior ao de qualquer outro bovino puro ou cruzado”, diz.

Poliselli Jr salienta que na década de 1990, a esmagadora maioria dos produtores desconhecia sobre o melhor uso de uma novilha F1. “Atualmente, seu aproveitamento é otimizado. Pode ser encaminhada à reprodução, como matriz, ou ao abate, proporcionando uma carne rica em gordura Ômega 3, fato comprovado cientificamente. Estima-se que existam cerca de 3 milhões de cabeças no rebanho nacional. Angus é propaganda no sanduíche, na churrascaria, nos restaurantes e na gôndola dos supermercados. E o pecuarista brasileiro já descobriu este diferencial.

Genética desperta interesse

A Associação Brasileira de Angus regularizou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o serviço de

O gado Angus tem sido destaque internacionalmente por conta da qualidade da carne, segundo certificação do Mapa

Registro Genealógico de uma nova raça bovina chamada Ultrablack”, assinala. O Ultrablack é uma resposta ao crescente interesse dos produtores em atender os programas de cruzamento industrial que vão utilizar essas fêmeas F1 Angus para produção de animais com 65% de sangue Angus.

Os bezerros nascidos serão encaminhados ao confinamento logo após a desmama e vão produzir carcaças ultraprecoces. Com alto índice de marmoreio e maciez, a carne produzida será capaz de competir com os cortes mais sofisticados do mundo em pé de igualdade. “Está aí a fórmula que o Brasil buscava para produzir uma carne Prime reconhecida mundialmente, assim como acontece com a dos Estados Unidos. É a ferramenta perfeita para conquistar o paladar dos mais exigentes importadores do planeta”, conclui Valdomiro Poliselli Jr.



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