Os motoristas portovelhenses devem ficar atentos aos extintores, os equipamentos permitidos atualmente pela legislação federal, do tipo BC, deverão ser substituídos até 31 de dezembro de 2014 pelo tipo ABC. O uso dos extintores ABC se torna obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2015, os modelos antigos não serão mais aceitos nas fiscalizações e configurarão falta de equipamento de segurança obrigatório – infração grave, com multa de R$ 127,69 e cinco pontos no prontuário da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O veículo ainda ficará retido até a regularização.
Válida para todo o país, a regra inclui carros de passeio, utilitários, camionetas, caminhonetes, caminhão, caminhão trator, ônibus, micro-ônibus e triciclos de cabine fechada, por exemplo. A exceção são as motocicletas, uma vez que o extintor de incêndio não é obrigatório para esse tipo de veículo. A mudança foi determinada pela Resolução 157/2004 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A norma foi confirmada em novembro de 2009 e desde então os veículos 0 km já saem de fábrica com o equipamento do tipo ABC.
Em porto velho Apenas uma loja possui o extintor do tipo ABC
De acordo com uma pesquisa realizada pela reportagem do Diário, apenas um estabelecimento em Porto Velho possui os extintores da categoria ABC a pronta entrega, e pelo valor de R$ 100. Segundo Rui Barbosa, o proprietário do estabelecimento que possui os extintores, localizada na avenida Jorge Teixeira com Raimundo Cantuária, os extintores do tipo BC servem apenas para eliminar chamas causadas por líquidos inflamáveis – gasolina, óleo diesel, querosene, etc – e equipamentos elétricos (bateria, fiação, entre outros). “Os extintores ABC são mais seguros, o novo extintor tem validade maior, de cinco anos. Já o do tipo BC vence a cada três anos e pode ser reabastecido uma vez, com validade de um ano após a nova carga. Agora, passado o prazo de validade, será necessário descartar o equipamento e adquirir um novo”, alertou Barbosa.
A menos de um mês da obrigatoriedade do uso dos extintores ABC, a fisioterapeuta Wanderli Andrade, relata que encontrou dificuldades de encontrar o produto. “Essa aqui é a última loja que venho, já gastei muita gasolina andando atrás desse extintor, mas parece que aqui só vão chegar mesmo quando a lei entrar em vigor, e me preocupa, porque infelizmente, quem sairá prejudicado somos nós motoristas que se formos pegos sem o equipamento, seremos multados. Os proprietários bem que poderiam ter se preparado melhor”, desabafou.
O representante comercial Wilson Cunha – proprietário de um carro ano 2004, conta que viu na televisão a respeito da norma e imediatamente foi conferir qual tipo de extintor havia em seu carro. “Não teve escapatória, o meu extintor é do tipo BC, vou te que trocar. Pesquisei os valores na internet e vi que era uma média de R$ 50,00. Quando cheguei na loja, fui informado que o preço era o dobro”, diz.