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RONDÔNIA

Famílias vão para abrigos improvisados

Mais de 20 barracas já foram montadas para atender famílias atingidas pela cheia deste ano.

Por Sara Cicera Diário da Amazônia
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Publicado: 28/02/2019 às 15h02min

Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia

A equipe da Defesa Civil já instalou 20 barracas para auxiliar as famílias que ficaram desabrigadas pela cheia do rio Madeira 2019, no Baixo Madeira e área rural de Porto Velho e que não tem para onde ir. Mais 20 barracas devem ser disponibilizadas para as famílias da área ribeirinha urbana e área rural de Porto Velho, ainda nesta semana, contabilizando um total de 40 barracas.

O gerente de operações da Defesa Civil, Rogério Félix, informou que 12 comunidades ribeirinhas foram afetadas pela cheia do rio Madeira em 2019. Segundo ele, a Defesa Civil já forneceu barracas para as comunidades de Mutuns, Boca do Jamari, Bom Jardim, Boa Fé, São Miguel, Vila Dnit, Ramal Maravilha e a comunidade de Cujubim Grande e áreas ribeirinhas urbanas, dentro da cidade.

Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia

“Vamos montar mais 20 barracas somando 40 no total. São barracas da Defesa Civil Nacional e todas são padronizadas. Elas são de lona e tem o tamanho de 6×6. Essas barracas são para as famílias se abrigarem no período de cheia. As famílias que são atingidas vão para a parte mais alta com as barracas e depois que o rio baixa, elas retornam para suas residências e as barracas são recolhidas pela Defesa Civil novamente”, explica Félix.

Jhimima da Costa, moradora do Ramal Maravilha há doze anos, localizado na margem esquerda do rio Madeira, recebeu na semana passada, duas barracas da Defesa Civil para se abrigar. Segundo ela, a sua residência ficou completamente debaixo d’água e não tem como permanecer dentro da casa.

“Até o rio secar nós temos que ficar aqui nessa barraca. Eu estou aqui com a família e a barraca está ajudando muito. Todas as nossas coisas nós trouxemos para cá. O único problema é que a barraca é muito quente. Nós estamos passando por essa situação desde a cheia de 2014”, conta Jhimima sobre a atual situação da família.

Aproximadamente 540 famílias que residem no Baixo Madeira e em áreas ribeirinhas urbanas já foram afetadas diretamente pela cheia do rio Madeira neste ano. Mais de 40 famílias estão desalojadas após a água do rio Madeira atingir suas casas e todas tiveram que ser levadas para casa de familiares e amigos. Na tarde de ontem (27), a equipe da Defesa fez a retirada de mais seis famílias atingidas pela cheia, na região da Estrada do Belmont e no centro da capital, na área ribeirinha urbana.

O nível do rio Madeira subiu rapidamente na madrugada de terça-feira e atingiu a cota de 17,11 metros. Porém, o rio voltou a recuar ficando entre 16,70 e 16,80 metros. “O rio está oscilando. Aumenta dois centímetros e depois volta ao normal. Mas a previsão de hoje e amanhã é de que o rio continue estabilizado e se mantenha nesse nível de 16,75 e 16,80”, disse Rogério Félix. O nível do rio atingiu ontem, pela manhã, a cota de 16,83 metros.



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