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Diário da Amazônia

Fronteira do Brasil com a Bolívia registra momento histórico

O diplomata do País vizinho elogiou o relacionamento entre as autoridades fronteiriças.

Por José Luiz Alves Diário da Amazônia
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Publicado: 28/11/2016 às 05h30min

Autoridades do Brasil e Bolívia em mais uma reunião

Autoridades do Brasil e Bolívia em mais uma reunião

Ao completar 113 anos da assinatura do Tratado de Petrópolis, sacramentado em 17 de novembro de 1903, entre os governos do Brasil e da Bolívia, que resultou na ocupação efetiva de um pedaço do território boliviano ocupado por seringueiros brasileiros, na quinta-feira o município de Guajará-Mirim vivenciou um momento histórico, quando se reuniram embaixadores dos países e outras autoridades da região para debater problemas em comum na fronteira das duas nações.

O governador Confúcio Moura, ao abrir o evento na sede do Instituto Federal de Rondônia (Ifro), na presença do embaixador do Brasil na Bolívia, Raymundo Santos Magno; e do embaixador da Bolívia no Brasil, José Kinn Franco, além do vice-governador Daniel Pereira e demais autoridades representando os dois países, taxou o momento como “muito importante para um modelo de integração, que será bom para Rondônia, Bolívia e Brasil”.

Na opinião do diplomata brasileiro, Raymundo Santos Magno, a “questão de fronteira é vital e se faz necessário o contato direto entre as duas nacionalidades para cuidar dos delitos internacional”. Na mesma linha de raciocínio, o diplomata boliviano, José Kinn Franco, asseverou que este encontro é importante porque Rondônia e os Estados bolivianos mantêm um “bom relacionamento comercial, e que um trabalho conjunto para resolver os problemas, assim como a amizade, deve ser cultivada para os dois lados viver bem”.

Hidrelétrica

O diplomata do País vizinho elogiou o relacionamento entre as autoridades fronteiriças, anunciando que técnicos brasileiros e bolivianos estão debruçados sobre um estudo de viabilidade para construir uma hidrelétrica binacional em Riberalta no rio Madeira, no trecho que separa os dois países. A Comissão técnica composta por engenheiros da Eletrobras e da Emde (a empresa de eletrificação dele) prevê a construção de uma usina gerando três mil megawtts de energia elétrica.

No entanto, por falta de recursos, as obras da ponte do rio Madeira, ligando os dois países, compromisso firmado pelo Brasil em 1903, pelo Tratado de Petrópolis, ficou para 2018.

O vice-governador Daniel Pereira e o deputado José Lebrão, entusiastas da integração do Brasil-Bolívia, levam a mensagem de desenvolvimento econômico e social da região, como forma de combater o contrabando e o tráfico de armas. É um problema complexo, que como o crime organizado e lavagem de dinheiro tem que ser tratado num acordo de cooperação. O furto de veículos no Brasil e levados para Bolívia deve fazer parte deste processo na área de inteligência, com treinamento dos agentes efetivos na fronteira dialogando em português e espanhol. A complexidade das questões fronteiriças são diversas, todavia, os primeiros passos estão sendo colocados em prática com diálogo e diplomacia.



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