Os trabalhadores do transporte coletivo em Porto Velho fizeram uma paralisação nesta segunda-feira (06) atendendo ao exigido pela liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O TRT decidiu na noite de sábado (4) que deveria circular pela cidade, percentuais mínimos suficientes para o funcionamento do transporte público de PVH, relatou Edilson Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Coletivo Urbano (Sitetuperon) “Nós estamos cumprindo com a determinação, que é de colocar 80% dos carros nas ruas em horários de pico e 50% deles no restante”, afirmou Pereira.
Segundo Carlos Guttemberg, Secretário da Semtran, na parte da manhã de ontem, dois funcionários da secretaria foram nas garagens realizar a fiscalização “eles fizeram uma relação dos ônibus, com número de frota e placa, os horários de saída e a linha que eles iriam atender. Guttemberg ainda explicou que os fiscais ficariam durante todo o dia nos pontos, para confirmar se os carros circularam 80% nos horários de 6h às 8h, das 12h às 14h e das 17h às 20h e 50% nos demais horários.
Licitação realizada em caráter emergencial está em fase final
O secretário relembra que a licitação dos ônibus foi feita em caráter emergencial, estando praticamente em fase de conclusão “nós acreditamos que nos próximos 40 dias a nova empresa já deve estar operando na cidade, eles já fizeram uma visita técnica e já devem estar enviando uma proposta para a prestação de serviços”.
A intenção da prefeitura é melhorar as condições do serviço prestado à população, explicou Guttemberg “visando uma melhor qualidade e melhores condições dos ônibus, foram solicitados carros mais novos com idades entre 5 a 7 anos, com acessibilidade e ar condicionado”, conclui ele.
O vice-presidente da Sitetuperon analisa que a intenção da greve é chamar atenção do poder público. Guttember ratifica essa informação “o sindicato busca, com a greve, ter um interlocutor na discussão do dissídio da categoria”. Mas esta medida causa transtornos a toda população.
Com a paralisação algumas pessoas tiveram dificuldades para chegarem ao seu local de trabalho no horário. Márcia Carvalho gerente de uma loja no centro, disse que uma das suas funcionárias, estava atrasada por causa da falta de ônibus “Ela está vindo a pé porque o ônibus não passou”.
Outra trabalhadora que ficou prejudicada pela greve dos ônibus foi Aline Gabriele da Silva, vendedora de um estabelecimento no centro “Fiquei mais de uma hora esperando na parada de ônibus”, ela disse ter saído hoje mais cedo de casa.
Segundo a Sentram foi registrado uma reclamação de um ônibus que teria passado direto, não parando em um ponto para pegar passageiros. O secretário afirma se tratar de um caso isolado “estamos apurando se realmente aconteceu o fato, por enquanto só tivemos esse caso registrado”, expõe.
No final da tarde de ontem foi realizada no TRT uma audiência de conciliação as empresas Três Marias e Rio Madeira, O Sindicato dos empresários, o Sitetuperon, e a Prefeitura. Até o fechamento desta edição nada havia sido definido.
