Os policiais do pelotão de trânsito da Polícia Militar (P-Tran) de serviço na manhã do último domingo, foram solicitados para atender uma ocorrência de trânsito envolvendo uma vítima. Aparentemente um trabalho rotineiro, tendo em vista o excesso de acidentes que acontecem no município de Vilhena. De um lado da história estava o casal Gilson José Guarnieri, e Leide Rose Oliveira, ambos de 32 anos. Eles estavam em uma motocicleta marca Honda, modelo Titan, trafegando pela rua Marques Henrique, centro da cidade, sentido BR-364. Do outro lado vinha o condutor do veículo marca Fiat, modelo Palio, José Lino Almeida, de 53 anos, que trafegava pela avenida Barão do Rio Branco. No cruzamento entre as duas vias o choque foi inevitável. A passageira da motocicleta fraturou o pé.
Entretanto a história ganhou novos capítulos no momento em que a polícia pediu a documentação dos condutores envolvidos. José Lino Almeida disse que estava sem a CNH e apresentou apenas um CPF, sob a alegação de que estava renovando sua autorização para dirigir, e estava sem o documento oficial. Ao verificar o nome do condutor no Infoseg (rede que reúne informações de segurança pública dos órgãos de fiscalização brasileiros) os policiais descobriram que ele tinha dois CPFs. Indagado, disse que ele havia brigado com sua ex-mulher e ela, irritada, queimou todos os seus documentos. Ao invés de pedir uma segunda via, optou fazer um novo CPF.
No momento em que os policiais consultaram o número do documento antigo notaram que havia um mandado de prisão contra o condutor, expedito pela comarca de Rondonópolis (MT). Ele foi informado sobre o assunto e conduzido à sede da P-Tran. Pesa contra José Almeida a acusação de estupro, e ele é considerado foragido do estado do Mato Grosso desde 2005, quando o mandado de prisão fora expedido. Além da acusação, o envolvido no acidente irá responder, também, por falsidade ideológica, por estar com dois CPFs.
