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Diário da Amazônia

Incêndio criminoso destrói 6 ônibus

Onda de crimes tem preocupado os moradores do distrito de Tarilândia.

Por Fernando Pereira Diário da Amazônia
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Publicado: 11/09/2015 às 07h20min | Atualizado 11/09/2015 às 14h18min

Agora que metade da frota foi queimada, pelo menos 750 alunos da Zona Rural deverão ficar de dez a 15 dias sem participar das aulas Fábio Souza/Diário da Amazônia

Agora que metade da frota foi queimada, pelo menos 750 alunos da Zona Rural deverão ficar de dez a 15 dias sem participar das aulas Fábio Souza/Diário da Amazônia

Nessa semana, a população de Tarilândia, distrito de Jaru, passou a se preocupar com uma onda de violência que vem assolando o local.

Em menos de sete dias aconteceu uma tentativa de homicídio, um homicídio, sete furtos a residências, e também uma motocicleta foi furtada em outra residência que fica a menos de 50 metros do Quartel da Polícia Militar.
E para intensificar a sensação de criminalidade, na última terça-feira (08), por volta das 23h, a garagem onde ficam estacionados os ônibus de transporte escolar foi invadida, e quem invadiu, utilizando pneus velhos e petróleo, ateou fogo. Os seis Ônibus queimaram completamente, causando um prejuízo estimado em R$ 800 mil. Outros dois ônibus que estavam também começaram a ser queimados.

A empresa Ottoni Transportes, que presta o serviço terceirizado de transporte escolar, tanto das escolas municipais quanto estaduais, tem uma frota de 12 Ônibus, e agora que metade da frota foi queimada, disse que pelo menos 750 alunos de linhas da Zona Rural, deverão ficar de dez a 15 dias sem participar das aulas, até que consiga novos ônibus para substituir os que foram queimados.

“Logo que amanheceu o dia, nós comunicamos a prefeitura sobre a situação, e pedimos esse prazo para que possamos comprar novos ônibus ou alugar, para que possamos voltar atender à comunidade escolar prejudicada”, explicou o gerente da empresa, José Nicolau.

A Polícia Civil e a Perícia Criminal estiveram no local para analisar a cena do crime e buscar linhas para iniciar as investigações, e tentar chegar a quem causou o sinistro.

PREOCUPAÇÃO

Com o acontecimento dos outros crimes e também do incêndio a população está com medo de que a situação possa piorar, uma vez que o efetivo policial que atende o distrito é bastante reduzido, chegando a trabalhar somente um policial por plantão.
“Os crimes vão acontecendo, acontecendo, de repente, a bandidagem vai começar a pensar que aqui tudo pode, e tudo vai virar um caos. Nós sabemos que a polícia tem trabalhado, mas com esse contingente é muito difícil”, desabafou o empresário, Valdinei Jorge.

Outro que mostrou preocupação em sua fala foi o cabeleireiro Carlos Rodrigues, que mora no distrito há dois anos.
“Quando eu cheguei aqui, era um local muito pacato, quase não aconteciam crimes, mas de uns tempos para cá, eu tenho medo de sair de casa e voltar e não encontrar meus pertences, pois me custaram caro, e eu os consegui com muito esforço”, pontuou.



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