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Diário da Amazônia

Intenção de consumo volta a cair na capital

Pesquisa revela um momento de pouco consumo influenciado pela crise.

Por Assessoria
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Publicado: 28/04/2016 às 05h10min

Presidente da Federação do Comércio-RO, Raniery Coelho

Presidente da Federação do Comércio-RO, Raniery Coelho

A intenção de compras das famílias em Porto Velho caiu pelo segundo mês consecutivo e alcançou o menor nível dos últimos 12 meses, segundo a pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Rondônia (Fecomércio-RO) e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgada ontem. A queda de abril é de 5,2% em comparação com março deste ano. Frente a abril do ano passado a queda foi ainda maior, 30%. No entanto, a intenção de compras das famílias da capital rondoniense ainda é superior que a média nacional.

Segundo o economista Silvio Persivo, a pesquisa revela um momento de pouco consumo influenciado pela crise econômica do País. A compra de bens duráveis, que inclui itens como geladeiras, fogões, sofás, TVs, rebaixa ainda mais a perspectiva de compras. Quase 70% das famílias acreditam que é um mau momento para comprar eletrodomésticos. Os dados mostram ainda que 59% das famílias entrevistas estão consumindo menos que há um ano.

Em análise isolada dos indicadores, a perspectiva de consumo mostra um pequeno crescimento de 3,6%, influenciado pelo período do Dia das Mães, uma das melhores datas para o comércio. Persivo alerta, porém, que subíndices importantes como renda atual (94,6 pontos), nível de consumo atual (51,1 pontos) e acesso à crédito (66,6 pontos) não permitem melhoras significativas nos próximos meses e atingem em especial a parcela da população que ganha menos de dez salários-mínimos.

Além de mais atingidas, as famílias com menor renda sofrem também com a inflação que se mantém muito elevada.

O presidente da Fecomércio, Raniery Araújo Coelho, considera que “os dados refletem o momento de instabilidade e incerteza econômica do País. Com a queda do nível de emprego e sem maiores perspectivas as famílias consomem menos o que impacta, diretamente, nos bens de maior valor, como os duráveis”, disse.



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