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Diário da Amazônia

Lançamento: A Casa do Filho do Soldado da Borracha

O lançamento da obra ocorrerá amanhã, dia 2 de março, no Memorial Governador Jorge Teixeira, a partir das 18h30, em Porto Velho.

Por Assessoria
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Publicado: 01/03/2018 às 06h30min | Atualizado 28/02/2018 às 18h52min

Uma história romanceada, baseada em fatos reais, ambientada nos anos 40 e 50. O livro “A Casa do Filho do Soldado da Borracha” revela, em pouco mais de 300 páginas, dramas de personagens nos tempos em que a extração da borracha na Amazônia sustentava acordo feito entre Estados Unidos e Brasil – chamado de “Acordo de Washington” – a fim de atender necessidades da Segunda Guerra Mundial.

O lançamento da obra ocorrerá amanhã, dia 2 de março, no Memorial Governador Jorge Teixeira, a partir das 18h30, em Porto Velho.

Os acontecimentos que envolvem Diva, personagem principal, e as crianças vividas no “abrigo”, assim chamada a Casa do Filho do Soldado da Borracha, autoridades e outros atores da época, se passam no Acre (Sena Madureira e Rio Branco), e depois no território do Guaporé (Rondônia).

Diva empreende fuga da vida de carências e da violência causada por um marido alcoólatra, sendo obrigada a deixar as filhas na casa para poder trabalhar como doméstica.

Escrito pela artista plástica e professora aposentada Maria Antônia da Costa, 80 anos, o romance, para o editor Abel Sidney, da Temática Editora, de Porto Velho, “é uma daquelas histórias de vida que parecem marcadas para se tornar livro”.

Para Sidney foi desafiador editar o romance, gênero a que ainda não havia se debruçado. “O livro apresenta um painel histórico, mas é especialmente a história de vida de uma mãe corajosa, que não pensa duas vezes em se arriscar para dar vida digna aos filhos, e outros personagens, que fisgarão os leitores”, diz.

A autora Maria Antônia aventurou-se no difícil mundo da literatura para dar vida a personagens, um deles ela própria, que viveram infância difícil, órfãs ou abandonadas por madrinhas e padrinhos. Porém, como se verá, sonhos, esperanças e alegrias também enchiam os dias da criançada.

“A Casa foi fundada pela primeira-dama do Brasil à época, Darcy Vargas, e chegou a ter cem crianças ou mais. Tive vontade de escrever as histórias que a primeira diretora contava, e depois minha própria mãe”, relata a autora.

Maria Antônia da Costa atuou 35 anos no magistério. Conseguiu o primeiro emprego em Porto Velho aos 17 anos, no Colégio Barão dos Solimões. Antes havia lecionado durante dois anos no Instituto Santa Juliana, em Sena Madureira, onde nasceu.

Trabalhou também como professora e supervisora nas escolas Getúlio Vargas, John Kennedy, Carmela Dutra, Franklin Roosevelt e Duque de Caxias. Depois da aposentadoria, dedica-se as artes plásticas, expondo com frequência seus trabalhos, marcados pelo uso de cores vivas e traços criativos.

Maria Antônia da Costa quer ir além para coroar uma existência vitoriosa. Pretende lançar o livro infanto-juvenil “Aruaçú, o Sapo Cantador”, e outro de contos destacando-se “Uma viagem decisiva” e “Soldados da Borracha”.



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