No Grande Prêmio de Emília Romanha, a Mercedes bateu mais um recorde: pela primeira vez uma equipe de Fórmula 1 consegue sete campeonatos de construtores consecutivos. Os germânicos bateram o recorde anterior de seis títulos, conseguidos pela Ferrari entre 1999 e 2004. As apostas esportivas na Mercedes ou em Lewis Hamilton viraram das menos bem pagas, porque são as mais seguras, tal o domínio de ambos em seus campeonatos. Quem jogar bingo online valendo dinheiro se arrisca a ganhar mais do que apostando nas pequeníssimas odds que as casas de apostas oferecem. O piloto inglês está muito próximo de vencer seu 7.º campeonato em 2020 (4.º consecutivo), igualando M. Schumacher. Que fatores explicam este prolongado sucesso da Mercedes e de Hamilton?
Costuma falar-se no dinheiro que a construtora germânica investe na Fórmula 1, mas tem algo mais que isso por trás do sucesso. Podemos apontar três fatores. A excelência ao nível de engenharia é certamente um deles. A cultura de foco no trabalho, com criação de espírito de família e de grupo, que Toto Wolff vem desenvolvendo também é importante. Há ainda o nível de compromisso; é um fato pouco conhecido que a Mercedes começou se preparando para a “era híbrida” da Fórmula 1 em 2007, muito antes de todos os outros.
Muitos falam que o sucesso de Hamilton deriva do carro. Mas há uma verdade incontestável no esporte: os melhores atletas e as melhores equipes se atraem. Lewis Hamilton foi o único piloto que conseguiu se bater de igual para igual com Fernando Alonso no mesmo carro. Desde 2007, a qualidade de sua pilotagem só vem melhorando, e hoje em dia é raro encontrar Hamilton fora de seu nível máximo.
Além disso, na Mercedes ele nunca teve estatuto assumido de primeiro piloto, do jeito que Schumacher teve na Ferrari. E precisou se bater com pilotos com grande currículo. Vale lembrar que Rosberg dominou Schumacher e Bottas fez o mesmo com Felipe Massa.
Todo o fã de F1 se emociona com o debate sobre quem é o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. Os brasileiros não abdicam de ter Ayrton Senna lá no topo do panteão. Mas o próprio Nelson Piquet falava que o tetracampeão Prost era melhor que Senna, porque “o que conta é o resultado.”
O fato é que não dá para comparar épocas diferentes. Pilotos como Lauda, Piquet, Prost, Senna e Schumacher, cada um de seu jeito, mostraram o caminho do futuro: o campeão de Fórmula 1 precisaria ser um super-profissional.
Depois de Schumacher, o nível de qualquer campeão precisa ser altíssimo. Alonso deixou atrás de si uma história de maus relacionamentos. A pilotagem de Vettel nunca mais foi a mesma na era híbrida, sem o famoso “difusor duplo”, e restam dúvidas se conseguirá recuperar-se na Aston Martin, no próximo ano. Hamilton não mostra essas fraquezas.
Cada herói é herói em sua época. Hamilton merece o sucesso que está conseguindo.
