Porto Velho/RO, 25 Março 2024 17:00:51
RONDÔNIA

Mais de 70 mil alunos voltam às aulas

O ano letivo 2018 foi aberto oficialmente ontem em cerimônia na Escola Brasília.

Por Ana Kézia Gomes Diário da Amazônia
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Publicado: 06/02/2018 às 05h00min | Atualizado 06/02/2018 às 15h51min

O governador Confúcio Moura informou que a Educação tem orçamento de R$ 1 bilhão (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

Mais de 70 mil alunos retornaram ontem às escolas estaduais de Porto Velho. Na capital a rede estadual conta com 86 escolas. Segundo o governador Confúcio Moura, o orçamento do Estado destinado à Educação gira em torno de 1 bilhão de reais e 25% do orçamento de Rondônia são gastos exclusivamente com pessoal, onde a folha de pagamento absorve maior parte.

De acordo com Waldo Alves, secretário de Estado da Educação, os investimentos para 2018 serão voltados para melhorar a estrutura física das escolas e implantar laboratórios de robótica para incentivar a iniciação científica. “Vamos ouvir mais os alunos para poder moldá-los melhor para o mercado de trabalho, formando cidadãos para o futuro”, explicou. O início do ano letivo foi marcado por uma solenidade de abertura na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brasília, no bairro Embratel, que possui um modelo educacional diferenciado devido ao Programa Escola Novo Tempo, uma proposta do Governo Federal que, por meio do ensino integral, visa melhorar os índices de desenvolvimento da educação básica do País.
No Brasil aproximadamente 500 escolas foram selecionadas para esse projeto, das quais 10 são de Rondônia. ‘‘A Escola Brasília ficou sete anos em reforma, uma das mais longas reformas do Estado e por fim ficou um colégio muito bonito e agora é premiado com um modelo educacional que é a escola do novo tempo integral”, destacou o governador Confúcio Moura, durante cerimônia de abertura do ano letivo de 2018.
Estudantes manifestam expectativas
As estudantes Ana Beatriz Martins e Isabelle Prestes, do segundo ano do Ensino Médio, iniciam o ano letivo com expectativas elevadas. “Eu estou animada e espero que o aprendizado seja bem melhor que no ano passado porque a gente sempre quer evoluir, né?”, destacou Ana. “É uma experiência muito boa estar aqui em tempo integral. A gente fica o dia todo com nossos amigos, aprende mais e tem mais chances de conseguir um futuro melhor. Fora que nossa relação com os professores é ótima. A gente tem muita sorte de ter um bom time nos ensinando”, completou Isabelle.
O professor de química Manuel Santos leciona há 10 anos e, segundo ele, o que dignifica seu trabalho é perceber que os alunos realmente absorveram o conteúdo para expandir sua visão de mundo. Já para Carlos Grécia, professor de filosofia, o principal objetivo é ajudar no desenvolvimento da consciência dos jovens. “É um desafio tentar tornar a disciplina atrativa, mas a grande proposta é despertar nos alunos o interesse pelo conhecimento”, destacou Carlos Grécia.
Cenário da educação preocupa
O entusiasmo dos estudantes e mestres segue para tentar reverter o cenário da educação brasileira. A realidade, ainda problemática, é exposta pelos índices do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que o Brasil ainda possui 11,8 milhões de analfabetos. A Região Norte apresenta a segunda maior taxa de analfabetismo do País com 8,5%. Em todo Brasil 51% da população de 25 anos ou mais possui somente Ensino Fundamental, 26,3% têm o Ensino Médio completo ou equivalente e apenas 15,3%, o superior completo.


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