Mais de mil alunos que frequentam escolas rurais no município de Porto Velho estão sem trasporte escolar. O assunto esteve em pauta durante reunião realizada na manhã de ontem na Câmara de Vereadores, que contou com a participação de representantes do Ministério Público (MP-RO).
O secretário de Educação do Município, César Licório, foi convidado pela Comissão de Educação da Câmara para falar sobre o transporte escolar rural terrestre e fluvial.
De acordo com o secretário, o protocolo para o cancelamento do contrato com a empresa Flexa Transportes, responsável pelo serviço na capital, iniciou na segunda-feira. “Hoje nós estamos analisando todas as formalidades e prazo para que possamos dar continuidade na efetivação do cancelamento definitivo, unilateral, pela Secretaria de Educação e pela prefeitura”.
Licório se comprometeu a dar uma resposta sobre a situação em 15 dias, explicando que existe a possibilidade de dois planos para sanar o problema. Segundo ele, o plano A é a frota dos ônibus terrestres que está sendo licitada, enquanto o plano B é a compra de 130 ônibus.
“Da terrestre nós estamos hoje indo à Justiça Federal. Vamos fazer um protocolo de nossa situação do momento para que possamos resolver definitivamente o problema. E se por acaso o plano A não der certo, nós vamos para o plano B, que depende mais administrativamente do que da justiça”.
Durante a reunião, o secretário pediu apoio dos vereadores para resolver a situação, mencionando que sem o apoio não tem como resolver os problemas e que a situação continuará e novas empresas vão continuar fazendo o querem. “Fica difícil tentarmos resolver uma questão se a gente não colocar todo mundo junto na mesa para conversar. Queremos juntos resolver a questão do transporte escolar, porque as nossas crianças não podem passar por isso”, falou.
Na reunião foi proposta a mudança no calendário escolar, estabelecendo que, a partir do ano de 2019, a Semed implantará um calendário diferenciado, estendendo-se de março a setembro. A Comissão de Educação da Câmara e o Ministério Público aprovaram a decisão. “Nós não teremos 200 dias letivos, mas o cumprimento das 80 horas anuais”, concluiu o secretário.
A Flexa Transportes informou que não está se negando a presta o serviço. Disse que suspendeu porque a prefeitura não pagou pelo serviço prestado. Pagamento depende da Controladoria Geral da União.