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Diário da Amazônia

Mais de R$ 2 mi para adaptação de famílias

O investimento é para proporcionar condições de habitabilidade aos moradores.

Por Assessoria
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Publicado: 22/12/2016 às 05h10min | Atualizado 22/12/2016 às 09h42min

Convivência é um dos itens do treinamento promovido pela Seas nos residenciais

A conclusão de um residencial do Programa Minha Casa, Minha Vida, executado em uma parceria com o Programa Estadual Morada Nova, não termina com a seleção de famílias, nem com a entrega das chaves dos apartamentos. A chamada “nova realidade” com a qual seus inquilinos se deparam demanda tempo de treinamento, cursos e adaptação.

Dessa maneira, o governo de Rondônia está investindo R$ 2,25 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) em Ji-Paraná, a 360 quilômetros de Porto Velho, para proporcionar condições essenciais às pessoas inscritas e escolhidas para habitar dois residenciais que abrigam famílias de baixa renda e outras moradoras em zona de risco.

Recursos do FAR administrados pela Secretaria Estadual da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) já estão sendo aplicados no segundo maior município de Rondônia, conforme informou o coordenador de Habitação da Seas, José Gadelha. “O Residencial Capelasso [800 apartamentos] já obteve R$ 720 mil e para o Morar Melhor [1.456 apartamentos] estão reservados R$ 1,3 milhão”, disse.

“Como sustentar um empreendimento grande, do porte desses residenciais em Ji-Paraná e Porto Velho? Em resposta, a Seas oferece a maior contrapartida que o Governo Federal esperar”, explicou Gadelha.

Segundo ele, é imprescindível o trabalho social na política habitacional, presente em diversos organismos públicos e privados durante as fases de início, durante e posterior às obras dos empreendimentos habitacionais. “Daí, o acompanhamento do projeto com planejamento e interlocução do trabalho em diferentes níveis de conhecimento, da engenharia à arquitetura, ao jurídico e às equipes sociais”, ele frisou.

Treinamento do Sebrae, no Orgulho do Madeira, na capital

Ensino, práticas pedagógicas e assistência social

A pedagoga Aldenora Vaz Lustosa e a assistente social Vânia Maria Silva Freire trabalharão nessa área por todo ano de 2017. Elas já receberam manifestações de interesse do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Social da Indústria (Sesi), para a capacitação de pessoas.

“Esse diferencial que as famílias encontram – pagamento de contas de água tratada, coleta de lixo, higiene, energia elétrica, educação patrimonial e a própria convivência em condomínio atende diretamente à necessidade de mudança da sua cultura, pois elas deixam antigos habitats em áreas ribeirinhas, barrancos, alagadas ou na periferia das cidades, e se mudam para prédios”, salientou Vânia Freire.

Todos esses itens unem ensinamentos e práticas da pedagogia e da assistência social, que já são aplicadas nos residenciais de Porto Velho. Segundo Vânia, o Residencial Capelasso, cujo projeto foi administrado pela Caixa Econômica Federal, já tem alunos dos cursos de empreendedorismo e de cabeleireiro.

Problemas

O residencial Morar Melhor tem como gestor o Banco do Brasil. Para o trabalho em Ji-Paraná, a Seas contratará agora uma empresa selecionada entre participantes de Rondônia e de outros Estados. O Morar Melhor tem exigências semelhantes ao Capelasso.

Ao constatarem sinais de precariedade nos serviços e transportes, escola, saúde, segurança pública, ou quaisquer outros aspectos, após a retirada das empreiteiras dos canteiros de obras e dos prédios concluídos, equipes da secretaria e prestadores de serviços terceirizados se dão as mãos em seu cronograma de trabalho.

Paralelamente, conforme relatam as profissionais da Seas, sempre surgem demandas nas áreas da cultura, esporte e meio ambiente. Na capital, por exemplo, dois residenciais têm áreas verdes e num deles há uma nascente d’água.



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