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Diário da Amazônia

Mestres da criação e do ofício de realizar sonhos

São eles, Ismael Barreto Neves e Yong Bloog parceiros de longa data: mestres da criação e do ofício de realizar sonhos.

Por João Zoghbi Diário da Amazônia
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Publicado: 29/10/2017 às 05h55min

No Carnaval, ‘Lu’ de ‘Maria da Chave’ e Ismael de ‘Pierrot’

Artistas das grandes produções ‘pesadas’, nos bastidores dos mega eventos: carnaval, boi-bumbá, espetáculo “O Homem de Nazaré”, “Arraial Flor do Maracujá” e tantos outros eventos como festas personalizadas, exposições temáticas, festivais de músicas, teatro, efeitos especiais e tudo que exige muita criatividade na cenografia e muito mais nas megas alegorias esculturais, onde o público dislumbrado com tanta beleza, jamais imaginará quem faz tudo aquilo que para muitos seria impossível. São eles, Ismael Barreto Neves e Yong Bloog parceiros de longa data: mestres da criação e do ofício de realizar sonhos.

Participaram de grandes projetos e produziram muito causando uma revolução nos bastidores do Espetáculo O Homem de Nazaré, na cidade cenográfica Jerusalém da Amazônia onde surgiu a grande parceria de dois talentos, autodidatas e mestres por exelência. Na técnica da ‘fibra de vidro’ na confecção de projetos cenográficos, dois leões e mais outros objetos cenotécnicos que aconteceu a química de trabalhar juntos e sempre num intercâmbio técnico para um resultado melhor.

No set do Adventure Conquistadores

“Já trabalhamos lá no ‘Grupo Êxodo’, numa super produção da peça teatral “O Homem de Nazaré”, onde foi possível se valer de todo o nosso conhecimento: produzimos objetos cenográficos em fibra de vidro, figurino, maquiagem, efeitos especiais, explosões, enforcamento de Judas, pedra do sepulcro, biga romana, coletes dos cinturiões e o que fosse necessário, uma experiência fabulosa trabalhar com o Ismael, aprendemos muito um com o outro”, comentou Yong.

Mesmo com a ida do Yong para Manaus onde lá continua produzindo seu trabalho, nas alegorias das escolas de samba e bois-bumbás e como sempre em dezembro o “Papai Noel em um dos Shopping”, Ismael segue com a equipe nos feitos da arte.

Quando foram para o espetáculo “O Homem de Nazaré”, havia quem comentasse que por terem construido suas histórias no carnaval e no boi-bumbá “iria carnavalizar a peça religiosa”, no entanto: ‘fui fazer a peça por que já tinha feito alguns cenários em outras e sabia que não tinha comparação com o que eu vinha fazendo, figurino de época, cenários e quak toda a cenotécnica tem que estudar o período para não ocorrer o erro, jamais faria isso”, comentou Yong.

Sempre dispuseram de todas as técnicas possíveis de acordo com a necessidade, como nas esculturas dos leões parte da decoração dos cenários, teve a ideia de confeccionar em ‘fibra de vidro’ onde entra em cena o Ismael: ‘procurei um especialista em fibra, era ele, daí fizemos os escudos, os ‘elmos’ e mais coletes para os ‘centuriões’ da guarda romana, do templo de Caifás e vários objetos da cenotécnica, entre jarros, cântaros, águias e muito mais. Fizemos vários ‘efeitos especiais,’ o colete do enforcamento de ‘Judas’ e até água virar vinho’, acrescentou o artista.

Uma das participações mais interessantes na carreira profissional do artista foi a participar de uma grande equipe profissional de uma mega produção da ‘Rede Globo’, na minissérie ‘Mad Maria’. ‘Fiz vários trabalhos, os mais importantes foram a restauração da máquina ‘5’, e aprender a me organizar como profissional’, diz o artista. Recentemente trabalhou na equipe de produção e fezendo uma participação no documentário ‘Adventure Conquistadores’, por uma companhia de cinema expanhola”.

O Casal em momento de descontração

No carnaval confeccionaram os bonecos gigantes tipo de Olinda, segundo eles “melhor do que os de Olinda na parte técnica”, muito mais leve e com expressão de caricatura para ficar mais engraçado.

Foram feitos este ano para o carnaval de Porto Velho, inauguração do Calçadão Cultural do Manelão: “O Carnaval é uma das artes mais completas do mundo, envolve todos os segmentos das artes: cênica, dança, visuais, mágica, música, poesia, enfim, falta sensibilidade de nossos dirigentes para apoiar mais”.

“Quero render minhas homenagens a minha esposa Eva Pereira, que na época só era minha amiga, quando sofri um acidente de moto, largou tudo para cuidar de mim quando ainda na cadeira de rodas, não poderia ficar só na gratidão”, sorrindo, conclui, Yong.

Papai noel blood

Lá vem o bom velhinho mais uma vez de tantas, na pele de Yong Blood, sempre a partir de novembro segue até dezembro no Natal, o artista versátil arrecada brinquedos usados ou não e leva para as crianças das comunidades carentes. É uma lenda que se torna ‘real’, todos os anos no mesmo período em quase todo o mundo: Um velhinho vestido de vermelho com um saco enorme nas costas cheinho de presentes para entregar para as crianças.

Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, em Portugal de Pai Natal na França Natal é Noël e no Brasil Papai Noel. A aparência do personagem até o final do século XIX, tinha uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho.

 

 



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