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Diário da Amazônia

Motoristas de aplicativos e taxistas vítimas de crime 

Os taxistas sempre foram alvo fácil da criminalidade em Porto Velho e com o surgimento de novos aplicativos na cidade, os profissionais do..

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Publicado: 17/09/2018 às 08h53min

Os taxistas sempre foram alvo fácil da criminalidade em Porto Velho e com o surgimento de novos aplicativos na cidade, os profissionais do volante ser tornaram mais vulneráveis. Foi o que aconteceu na semana passada com o motorista Edileno Santos da Silva, de 34 anos. Ele foi baleado durante um assalto, ocorrido no dia 6.
Edileno foi chamado para atender uma corrida para três passageiros na avenida Guaporé, região Leste. Após chegar à rua Baobá, com a rua Atabaque, zona Sul, um dos passageiros sacou uma arma e anunciando o assalto. Edileno teria reagido e acabou sendo atingido com um tiro no pescoço. Também na semana passada, um outro motorista de táxi, foi golpeado com várias facadas. Ele teve que ser submetido a uma cirurgia na última sexta-feira no João Paulo II.
O avanço da violência contra essa categoria tem reduzido o número de corrida, principalmente envolvendo aplicativos. Geralmente, os motoristas que trabalham por meio de aplicativo, utilizam vidro escuro, o que dificulta identificar qualquer ato suspeito do lado externo do veículo.
No início da semana, os motoristas foram até a Secretaria de Trânsito de Porto Velho (Semtran) cobrar maior providência e que fosse retirada da placa de identificação dos veículos que trabalham com sistema de aplicativo. A medida nada vai solucionar o problema da falta de segurança. Muitos temem perder a vida por conta da onda de violência que voltou a assustar a categoria.
Em função da crise econômica que o País enfrenta e com 13 milhões de pessoas desempregadas, muitas pessoas decidiram colocar o veículo particular à disposição das empresas de aplicativo. É uma forma de obter um ganho extra e ajudar no orçamento familiar, mas a atividade se torna cada vez mais arriscada.
Um protesto realizado na última quarta-feira no Espaço Alternativo, em Porto Velho, serviu para mostrar a revolta da categoria com a falta de segurança. Trata-se de um problema também enfrentado por comerciantes da capital e interior do Estado. Todos estão sujeitos a ser abordados por bandido.
As empresas que atuam com esse tipo de serviço, devem garantir alternativas de segurança para esses profissionais durante o exercício da profissão, o que não é possível assegurar a quem tem uma concessão de placa de táxi. Afinal, parte do dinheiro arrecadado é transferido para as empresas, detentoras do aplicativo. Pela legislação brasileira, o motorista de aplicativo está diretamente ligado a empresa de aplicativo, independente de sua sede estar localizada em outro país.


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