A microempresária Valéria Pelegrin produz as peças em sua residência em Porto Velho
O Dia Internacional da Mulher foi comemorado ontem, mas o dia das mulheres, é todo dia; pois ela labuta rotineiramente para sustentar sua família e ainda fazer o seu papel de dona de casa. A mulher conquistou o seu espaço e não foi à toa. Atualmente as mulheres lideram posições de comando em grandes empresas, desempenhando funções que antes eram exercidas apenas pelo sexo masculino, chefiando famílias e realizando trabalhos cada vez mais valorizados no mercado de trabalho.
No Brasil, com a revolução feminista nos anos 70, a mulher deixou de exercer apenas as prendas domésticas e ser dona de casa e passou a buscar novos horizontes e procurar seu espaço profissional. A mulher almejou ser mais; aprender novos ofícios, ter uma profissão em que pudesse se realizar e se destacar, além de contribuir é claro, com o orçamento familiar.
Com a conquista do voto pelas mulheres em 24 de fevereiro de 1932, após uma intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto, as mulheres conquistaram a possibilidade de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
A motorista Andreza dirige o ônibus da linha que atende os moradores da zona Sul
Podemos observar o crescimento do público feminino no mercado de trabalho através dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2013) realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego que mostram que em 2013, o emprego de mão de obra feminina cresceu 3,91%, frente a um aumento de 2,57% para os homens. No mercado de trabalho formal, os dados revelam ainda uma elevação também no processo, que passou de 42,47% para 42,79%.
Bijuterias e simijoias produzidas pela microempresária Valéria Pelegrin
Bijuterias e semijoias fazem sucesso
A microempresária Valéria Pelegrin sabe muito bem como é buscar o seu espaço no mercado de trabalho. Do trabalho no Tribunal de Contas do Estado, resolveu partir para o pequeno negócio e atualmente já cadastrada como microempresária no Sebrae de Rondônia, possui seu ateliê e loja virtual. Quatro anos já se passaram e ela conseguiu sua independência financeira. Mas nem tudo foi fácil. Valéria nos conta que em 2016, com a crise econômica que se instaurou no País inteiro, passou por dificuldades.
“Filha da terra”, ela começou a fabricar as peças para uso próprio, com poucas pedras ainda. Quando as amigas começaram a elogiar e a perguntar aonde ela as teria comprado, ela começou a perceber que dali poderia se tornar uma pequena empresária.
Foi aí que aproveitando um cantinho de sua casa, numa sala que estava sem utilização, montou seu ateliê de montagem de pedras. O espaço ficou muito aconchegante e repleto por suas lindas peças expostas. Ela esclareceu que muitas das suas montagens são criações próprias e outras. Pega uma base já pronta e começa a fazer a montagem das pedrarias uma a uma. É um trabalho muito delicado e que exige habilidade e técnica precisa.
