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Diário da Amazônia

Número de golpes aplicados no WhatsApp cresce 45% durante pandemia

Golpistas usam informações sobre pessoas próximas para dar uma falsa sensação de credibilidade

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Publicado: 08/06/2020 às 14h52min | Atualizado 08/06/2020 às 14h54min

Foto: Reprodução

Durante a pandemia do novo coronavírus, as instituições financeiras registraram um aumento de 45 % nos casos de fraudadores que utilizam a plataforma do WhatsApp para aplicar golpes. Os hackers costumam invadir as contas do aplicativo de mensagens para pedir dinheiro às vítimas.

A psicóloga Cleide Amaral foi um dos alvos dos golpistas. Ela relata ter recebido diversas ligações de uma mulher muito educada que oferecia uma participação em um programa de televisão que iria abordar a pandemia na questão psicológica. A atendente chegou a oferecer um código com um link para realizar o pagamento, no entanto, a psicóloga já havia ouvido alguns relatos de pessoas que receberam uma ligação parecida, o que a fez rejeitar a proposta.

A psicóloga Heloísa Barbosa foi informada, por colegas, que os golpistas usam informações sobre pessoas próximas para dar uma falsa sensação de credibilidade. Ela também atendeu a uma ligação que a convidava para participar de um suposto programa de televisão. No total, foram três contatos.

Uma prima de Heloísa também foi vítima do golpe. Ela informou que recebeu uma mensagem via SMS com a orientação para clicar em um link após fazer compras pela internet. Os hackers teriam clonado o celular da vítima e pediram dinheiro para os contatos dela.

A fonoaudióloga Erika Laperuta foi outra vítima do golpe. Ela acredita que teve o aparelho invadido depois de uma compra online. Ela relata que cerca de 30 amigos receberam mensagens dos golpistas com pedidos de dinheiro. Um dos contatos de Erika chegou a efetuar o pagamento de cerca de R$ 14 mil em transferências para os criminosos.

Além disso, os hackers também teriam realizado compras através de um aplicativo de delivery e gastaram cerca de R$ 500 em uma rede de fastfood. Após o ocorrido, Erika registrou um boletim de ocorrência eletrônico, conforme orientação de estimulo ao isolamento social. A amiga que havia feito a transferência precisou recorrer à agência bancária, mas conseguir recuperar apenas metade do valor perdido.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se articula para impedir que fraudadores apliquem golpes através de armadilhas criadas para obter dados, senhas e informações pessoais dos clientes ou levá-los a fazer pagamentos em benefício dos criminosos. Segundo a instituição, os bancos investem cerca de R$ 2 bilhões por ano em sistema de tecnologia voltados à segurança da informação. Além dos investimentos e das parcerias, a polícia e o poder judiciário atuam no desenvolvimento de ações de inteligência para prender quadrilhas e propor novos padrões de proteção.

Fonte:  Jornal de Brasília



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