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Diário da Amazônia

O fraco desempenho das mulheres na política

  Embora a Justiça Eleitoral recomendem aos partidos políticos que reservem na lista de candidatos que vão disputar as eleições..

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Publicado: 21/07/2018 às 07h00min

 

Embora a Justiça Eleitoral recomendem aos partidos políticos que reservem na lista de candidatos que vão disputar as eleições de outubro o percentual de 30% de vagas reservadas às mulheres, ainda é pequena a participação do público feminino na disputa eleição e com cadeiras no parlamento.

Nas últimas eleições, por exemplo, a participação das mulheres no parlamento reduziu de forma bem acentuada. Nas eleições de 2010, na corrida a Senado Federal, foram eleitas 8 senadoras enquanto na de 2014, o número caiu para 5. Na Câmara, houve um avanço do número de cadeiras ocupadas pelo sexo feminino: 45 foram eleitas em 2010 e em 2014 51 deputadas, entre elas as deputadas federais Marinha Raupp (PMDB) e Mariana Carvalho (PSDB) eleitas por Rondônia.

Nas assembléias legislativas ainda é bem pequena a participação das mulheres no parlamento nos estados. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre as eleições de 2010 e 2014, houve uma queda de 13% no percentual de vagas ocupadas por elas. 133 foram eleitas nas eleições de 2010 e hoje 115 estão com assento no parlamento e podem disputar à reeleição nos estados.

Em Rondônia, a população eleitoral apta a votar nas eleições de outubro é de 1,175 milhão de eleitores, sendo que a maioria é composta por mulheres. No entanto, a participação das mulheres no processo eleitoral ainda é bem pequeno. Atualmente, apenas uma deputada representa a população feminina no parlamento – Rosângela Donadon (Vilhena). No ano passado, o Estado perdeu a Lúcia Tereza (Espigão). Porto Velho, capital de Rondônia, tem um bom tempo que não elege deputada na Assembleia Legislativa. A última parlamentar que ocupou cadeira no parlamento foi Odaísa Fernandes (PSDB).

As mulheres precisam nestas eleições mostrar força política e dizer para a sociedade que são capazes de mudar esses números. Na disputa à presidência da República deste ano, por exemplo, aparece nas pesquisas de intenção de voto apenas o nome da ex-senadora Marina Silva.

Em Rondônia, de acordo com o quadro eleitoral que se desenha hoje, não há mulher interessada em participar do processo eleitoral e são poucos os nomes colocados na corrida por cadeiras na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Se caminhar da forma que está se consolidando o cenário local no Brasil, tudo indica que a tendência é do número de representantes de mulheres no pleito eleitoral é despencar nestas eleições.



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