Na unidade de saúde Maurício Bustani, gerente rebate denúncias e diz que tudo está funcionando normalmente (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)
Pacientes do Centro de Saúde Maurício Bustani, localizado na avenida Jorge Teixeira, em Porto Velho, fizeram denúncias ao Diário da Amazônia alegando ineficiência no atendimento e falta de materiais básicos de saúde, dentre os quais anestesia e impressões de exames. A insatisfação também gira em torno da quantidade de servidores que atuam no local. “Na Unidade tem um único funcionário atendendo o público”, disse uma das pacientes, que preferiu não se identificar. “Eu fiz exames de sangue, mas como a impressora está quebrada eu não consegui mostrar os resultados pra médica. Então não adiantou nada eu vir aqui numa sexta-feira, esperar na fila desde as 4h da manhã pra conseguir agendar uma consulta.
A médica não fez nada por mim porque não conseguiu ver meus exames”, disse Maria de Fátima dos Santos, ressaltando que a Unidade oferece dentistas, mas falta anestesia. Outra paciente disse ao Diário da Amazônia que foi a pé, na chuva, para marcar uma consulta e não conseguiu. De acordo com ela, a informação passada na recepção foi que a servidora responsável por agendar as consultas está fazendo um curso e a Unidade não disponibilizou outro servidor para substituí-la.
O Diário da Amazônia procurou a direção da Unidade e relatou os casos. De acordo com a gerente do Centro de Saúde Maurício Bustani, Marinete da Silva, a anestesia bucal acabou na noite da segunda-feira, dia 5, mas uma nova remeça foi solicitada junto à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Ao Diário, a Semusa explicou que, devido a questões burocráticas nos processos licitatórios, o gerenciamento de distribuição de produtos hospitalares será feito no prazo de 30 dias, mas que, devido às denúncias expostas, um pedido de abastecimento será realizado junto à Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (Sesau). Com relação à quantidade de médicos, a gerente do Centro de Saúde afirmou que tem sido suficiente para atender à demanda na Unidade. “Temos 47 funcionários no total. Pela manhã a médica clínica geral consegue perfeitamente atender todas as consultas marcadas. À tarde temos três e à noite vem uma nova equipe composta por cinco médicos”, explicou.
Central de exames na policlínica
A gerente Marinete da Silva afirmou que na área de exames tudo está funcionando normalmente. “Na realidade a central de exames não fica aqui, mas na Policlínica Dr Rafael Vaz e Silva e os resultados são entregues à tarde, a partir das 14h. As pessoas marcam consultas pela manhã e querem receber o resultado dos exames naquele momento, mas não dá”, disse a gerente Marinete. Segundo ela, os pacientes que se dirigem à unidade de saúde e não conseguem marcar consultas são aqueles que normalmente não respeitam o horário de agendamento. “Para agendar consultas, as pessoas precisam vir às sextas-feiras entre 11h e meio-dia”, disse.
