Porto Velho/RO, 19 Março 2024 18:23:13
Diário da Amazônia

Padrasto acusado de prática de tortura continuará preso

Por unanimidade de votos, os membros da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia decidiram manter preso um homem acusado..

A- A+

Publicado: 25/01/2015 às 03h20min

Por unanimidade de votos, os membros da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia decidiram manter preso um homem acusado de torturar e manter em cárcere privado uma criança de cinco anos de idade. O réu é padrasto da vítima. Durante a sessão de julgamento, os desembargadores disseram que a prisão preventiva pode ser decretada como forma de garantia da ordem pública, principalmente quando demonstrada a gravidade dos fatos e periculosidade do agente.

No habeas corpus, a defesa disse que a concessão de liberdade provisória ao seu cliente seria medida justa, posto que, segundo a defesa, os fatos que lhe são imputados não são verdadeiros.

Porém, para os membros da 2ª Câmara Criminal do TJRO, a decisão do Juízo de 1º grau em mantê-lo preso, está devidamente fundamentada. Além disso, o comportamento do réu demonstra periculosidade, pois os atos praticados por ele contra uma criança de cinco anos de idade evidenciam a gravidade concreta do crime. “A prisão preventiva faz-se necessária tendo em vista a ação feita contra a criança, consistente em mantê-la presa presa dentro de um banheiro e agredido-a”.

Segundo consta nos autos, a criança urinou na cama da sua mãe que a repreendeu com palmadas. O padrasto, que estava alcoolizado, obrigou o menino a permanecer trancado no banheiro de joelhos e despido, durante toda a noite. Ainda, conforme a denúncia (peça acusatória) o acusado, antes de deitar, desferiu várias cintadas no corpo da criança, causando-lhe equimoses e hematomas. Não conformado com os atos já praticados, durante a madrugada, o paciente ia até o banheiro para certificar-se de que a vítima estava acordada, jogando-lhe copos de água para evitar que dormisse.

Na manhã seguinte, a criança, já fragilizada pelas agressões, veio a defecar no chão, fato que resultou em mais uma sequência de tortura perpetrada pelo paciente, que se utilizou de um chinelo e um pedaço de cano para surrá-la, obrigando a vítima a permanecer no banheiro até a hora do almoço. (AI)



Deixe o seu comentário