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RONDÔNIA

Pesquisa aponta queda de 4% na ICF

A Intenção de Consumo das Famílias caiu de 92,6 pontos para 88,9.

Por Assessoria
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Publicado: 01/08/2015 às 09h00min | Atualizado 31/07/2015 às 18h56min

Os empresários devem procurar saídas e melhorar suas formas de negociação, afirma o presidente da Fecomércio (Foto:Os empresários devem procurar saídas e melhorar suas formas de negociação, afirma o presidente da Fecomércio)

Os empresários devem procurar saídas e melhorar suas formas de negociação, afirma o presidente da Fecomércio (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Porto Velho no mês de julho caiu 4% em relação a junho, acompanhando as projeções em cenário de crise econômica pelo qual passa o País. Contudo, os números em Rondônia continuam melhores que os verificados a nível nacional. O índice nacional do ICF ficou no patamar de 86,9 pontos em julho, uma queda de -5,3% em comparação a junho e 27,9% em relação a julho de 2014. Já em Porto Velho o índice caiu de 92,6 pontos para 88,9, se situando na zona negativa de consumo.

A intenção de consumo de Porto Velho é 2,3% maior que a nacional, mas, está no seu menor patamar e pela segunda vez, desde o início da série histórica, em janeiro de 2010, na zona negativa, abaixo de 100 pontos. A pesquisa revela ainda uma queda em cinco dos sete itens, ou seja, somente dois itens tiveram pequenas variações positivas, quase ficando estáveis, que foram o Emprego Atual (126,6 pontos) e a Perspectiva Profissional (103,1 pontos), justamente os únicos que permanecem acima de 100 pontos, pois, todos os demais apresentam um desempenho negativo. E, como um sinal ruim em relação as perspectivas de consumo, esta aparece com a maior queda (-10,7%) e seguida pela Perspectiva de Consumo (-7,4%).

Segundo o Departamento Econômico da Fecomércio Rondônia (DEF), de um reflexo da conjuntura nacional negativa com ciclo de aumento das taxas de juros, que se reflete no pior acesso ao crédito da praça (83,4 pontos) e da inflação oficial, medida pelo IPCA, que ficou em 0,79% em junho, ante 0,74% em maio. É a maior taxa para o mês desde 1996, quando ficou em 1,19%. Nos últimos 12 meses o índice atingiu 8,89% – a maior taxa para 12 meses desde dezembro de 2003, quando foi de 9,3%.

O DEF considera que o acesso mais difícil ao crédito, a inflação, os juros altos e a perspectiva pior do mercado de trabalho se refletem diretamente na queda do consumo e que são reflexos das políticas públicas de ajuste fiscal. Ou seja, os orçamentos das famílias tiveram importantes itens seriamente afetados, o que se implica num movimento de cautela em relação as despesas, ainda mais com a renda familiar deprimida pelas alterações no mercado de trabalho.

Novas formas de negociação

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araújo Coelho, “a conjuntura está complicada diante de tantas incertezas. As medidas de ajustes feitas pelo Governo Federal implicaram numa forte contenção do consumo e o setor produtivo (comércio e indústria) tem que buscar formas de superar as dificuldades. O empresário não pode se abater e deve procurar saídas melhorando suas formas de negociação e procurando cobrar do governo uma ação mais enérgica para mudar a conjuntura econômica”.

A pesquisa apontou também queda em todos os sete itens analisados em Porto Velho, ou seja, todos tiveram variações negativas com destaque para a Perspectiva Profissional que caiu (-11,4%) e para o Momento para Duráveis (-11,3%). É a primeira vez desde o início da série que o índice fica negativo.

 



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