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PLANTÃO DE POLÍCIA

Polícia Federal deflagra operação em três estados

Operação investiga lavagem de dinheiro em Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul.

Por Diario do poder
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Publicado: 30/05/2015 às 10h14min

Bené, no alto e prestes a embarcar em seu avião onde a PF encontrou dinheiro “vivo”

Bené, no alto e prestes a embarcar em seu avião onde a PF encontrou dinheiro “vivo”

Uma operação para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, batizada de Acrônimo, foi deflagrada pela Polícia Federal ontem em Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Cerca de 400 policiais federais cumprem 90 mandados de busca e apreensão, além do sequestro judicial de um avião particular, turbo hélice, em Brasília.

A PF informou em nota que as investigações tiveram início em outubro do ano passado, quando a corporação apreendeu R$ 113 mil com três pessoas em uma aeronave particular no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, de Brasília.

Em 8 de outubro do ano passado, foi detido no aeroporto de Brasília o empresário do ramo gráfico Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, conhecido colaborador de campanhas do PT. Ele inclusive teria bancado o aluguel do comitê de campanha, na capital federal, da primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff. Na ocasião, foram apreendidos com ele R$ 113 mil em dinheiro vivo. A aeronave foi abordada pelos agentes federais logo após pousar, vindo de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima levou os policiais a fazerem o flagrante.

A assessoria da PF ressaltou que o objetivo da operação é procurar provas da suspeita de que os valores que circulavam nas contas de pessoas físicas e jurídicas ligadas aos investigados vinham da inexecução e de sobrepreço praticados pelo grupo em contratos com órgãos públicos federais.

De acordo com os investigadores, os suspeitos usavam com frequência “laranjas” e fracionavam os valores em partes menores, o “smurffing”, para ocultar a origem criminosa do dinheiro.

Nos oito meses de apurações, foram analisados os dados obtidos em notebooks, smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos apreendidos com os suspeitos no aeroporto de Brasília. Foram analisados mais de 600 gigabytes de informações e as cruzaram com outras fontes de base e dados.



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