Após a enchente, os ambulantes colocaram suas mercadorias nas praças centrais da capital (Roni Carvalho – Diário da Amazônia)
A prefeitura de Porto Velho deverá publicar em 30 dias um chamamento público para empreendedores da iniciativa privada objetivando soluções econômicas para a construção de um novo shopping popular no local do antigo terminal de integração Euclides da Cunha, em Porto Velho. A proposta principal do projeto da prefeitura é retirar os ambulantes e os camelôs que hoje estão em locais indevidos na capital.
De acordo com prefeito Hildon Chaves, no momento é inviável a remoção dos ambulantes por causa da crise econômica. Mas, com a construção do novo shopping popular os ambulantes serão transferidos para o local.
Segundo o prefeito, será cobrada uma taxa compatível com o shopping, onde será oferecido banheiro limpo, sistema de resfriamento, de ventilação, além da segurança para a população. “Quando os ambulantes tiverem alternativas, a prefeitura vai aplicar a legislação porque é ilegal a forma como eles estão atualmente. Então, com a construção do novo shopping popular, vamos começar o processo de requalificação urbana dessa área central onde ficam os camelôs, que prevê o retorno das fachadas originais, com iluminação temática, da época e talvez a construção de um calçadão. A expectativa é de que esse local onde ficam os camelôs se torne uma região de restaurantes e bares para trazer a população para cá para poder manter um espaço de convivência”, disse o prefeito.
Os ambulantes foram obrigados a se retirarem do antigo shopping popular, onde trabalhavam e colocavam em exposição suas mercadorias para a venda, em virtude da grande enchente do rio Madeira em 2014. O local ficou totalmente alagado e os boxes do antigo local foram demolidos devido ao grande número de crimes. Após a enchente, os ambulantes colocaram suas mercadorias nas praças centrais da capital por não terem um novo local fixo para trabalhar.
Segundo o presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano (Emdur), Thiago Tezzari, para garantir a presença do público no lugar será mantida uma Estação de Integração para manter a circulação dos ônibus no local. “A ideia da Semtran é usar ali como uma estação de integração. Faremos o projeto através de uma Parceria Pública Privada (PPP) ou de uma concessão, onde vamos oferecer ao mercado, empresa privada, a possibilidade de realizar esse investimento e transformar aquilo em uma oportunidade de negócio”, disse.
O Procedimento de Manifestação de Interação (PMI) será publicado em 30 dias. Dentro do projeto existe um conunto de requisitos que será cobrado da empresa que apresentar a melhor proposta, como por exemplo, propor uma solução jurídica, econômica e financeira, além da capacidade financeira e de investimento. A empresa que ganhar a concessão deverá construir com recursos próprios o novo shopping popular. Segundo o prefeito, a expectativa é colocar no local cerca 400 boxes, com possibilidades de algumas lojas amplas, casa lotérica e restaurante popular. Todo esse processo está sendo estudado. “Será construído um sistema de pilotis onde o térreo seria a estação de ônibus, para facilitar o acesso da população ao shopping e dar mobilidade econômica. Todos os ônibus vão passar por lá, facilitando o acesso da população na estação”, antecipou Hildon Chaves.
O local atualmente está abandonado e sendo utilizado por maradores de rua e usuários de drogas. A população que mora ao redor reclama da situação. Segundo Thiago Tezzari, na próxima semana a Emdur vai reforçar a iluminação do local. “Vamos reforçar a iluminação para afastar os moradores de ruas que ficam no local”, contou.
