Porto Velho/RO, 26 Março 2024 12:27:08
Diário da Amazônia

Prefeito de Colniza é enterrado em Ji-Paraná

O prefeito Esvandir foi morto a tiros em Colniza (MT) na tarde da última sexta-feira (15).

Por J. Nogueira Diário da Amazônia
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Publicado: 19/12/2017 às 05h05min

O sepultamento do prefeito assassinado foi marcado por consternação e lamento (Foto: J. Nogueira/Diário da Amazônia)

O corpo do prefeito Esvandir Antônio Mendes, o popular “Vando” (61 anos) assassinado a tiros no final da tarde de sexta-feira (15) na cidade de Colniza (MT), quando retornava de Cuiabá, foi sepultado no final da manhã deste domingo (17) no cemitério da Saudade de Ji-Paraná (RO), onde o mesmo residia com a esposa e duas filhas. O velório ocorreu das 15h30 de sábado até as 11h30 de domingo, com a presença da família e amigos. O bispo da diocese de Juína (MT), Neri José Tondello fez questão de celebrar uma missa de corpo presente.

Assassinato

O prefeito ‘Vando’ foi assassinado a tiros na tarde de sexta-feira (15), quando já estava próximo da cidade, sendo perseguido por quase 11 quilômetros na BR-174, mesmo já estando baleado. Ele estava em Cuiabá acompanhado da esposa, genro e de um secretário. Ele faleceu ainda dentro do carro, antes da chegada dos primeiros socorros.

Os criminosos Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva, foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 quilômetros a Noroeste da capital), respectivamente.

A ação das forças de segurança do Estado agiram rapidamente, detendo três suspeitos da execução do prefeito e da tentativa de homicídio do secretário de Finanças de Colniza, Admilson Ferreira dos Santos (41). Os três estariam incomunicáveis.

Despedidas

Várias autoridades do município de Ji-Paraná e do Estado estiveram no velório para se despedir e prestar suas homenagens. O deputado estadual Airton Gurgacz (PDT) e sua esposa, Solange Gurgacz, lamentaram profundamente a perda do amigo. Para Airton, ‘Vando’ sempre foi um grande companheiro, um parceiro de todas as horas. “Muito triste perder uma pessoa tão querida, e pior ainda, da forma que aconteceu”, declarou.

Outro que lamentou bastante a morte de ‘Vando’ foi o senador Acir Gurgacz (PDT RO) e a esposa Ana Maria Gurgacz com quem conviveram por mais de 30 anos. ‘Vando’ antes de entrar para a política trabalhou na empresa Eucatur por décadas, e ao sair, criou a Empresa Colniza Tur com viagens de Ji-Paraná para a cidade no qual foi eleito prefeito, em 2016, com mais de cinco mil votos. “A família Eucatur, hoje fica mais triste com essa tragédia, marcada por tamanha violência sem fim. Esperamos que as autoridades daquele Estado (Mato Grosso) possam esclarecer este crime o mais rápido possível”, disse o senador.

O sepultamento que estava previsto para acontecer às 9h teve que atrasar por uma hora, em decorrência da informação que o bispo da Diocese de Juína fizera questão de acompanhar as homenagens. Neri José Tondello celebrou a missa de corpo presente, e em entrevista exclusiva para o Diário da Amazônia lamentou a onda de violência na região de Colniza. “Muita tristeza, desolação na nossa região, classificado como a mais violenta do Brasil. Isso é muito preocupante. Trata-se de um 2017 com muita violência, muitas mortes, entre os casos, a chacina do dia 19 de abril, com nove homens trabalhando e assassinados.

Isso nos preocupa como pastoral, como evangelizar da forma certa, apresentando o projeto de Deus para o povo, de maneira serena, pacificar, e sobretudo de paz para aquela região”.

Democracia manchada

Para o bispo diocesano, a morte do prefeito ‘Vando’ com tamanha violência, macha a democracia. Fere mortalmente a nossa liberdade, quando se interrompe um encargo quando foi reconhecido pelo povo, antes do tempo, fere a democracia.

Para ele, todo o sangue derramado não pode ser em vão, ele tem que ajudar a purificar a nossa democracia. Principalmente trazer o bem-estar da população que tanto precisam de pessoas boas, pessoa que lutam pelo bem comum de todos.



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