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Diário da Amazônia

Registros de casos de catapora têm queda

No ano passado, em menos de uma semana 340 casos de catapora (varicela) foram registrados pela Divisão de Vigilância Epidemiológica..

Por Diário da Amazônia
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Publicado: 25/08/2014 às 14h17min

Adonias Pereira é enfermeiro e diretor interino da Divisão de Vigilância Epdemiologica

Adonias Pereira é enfermeiro e diretor interino da Divisão de Vigilância Epdemiologica(Foto: Fábio Souza/Diário da Amazônia)

No ano passado, em menos de uma semana 340 casos de catapora (varicela) foram registrados pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), em Ji-Paraná. Só na Creche Cantinho do Céu foram mais 100 notificações.

Esse ano a doença está sob controle com número reduzido de casos. A patologia é uma infecção viral primária aguda, altamente contagiosa, que atinge, principalmente, as crianças na faixa etária dos três aos seis anos.

No Hospital Municipal 34 pessoas ficaram internadas, em 2013, uma criança veio a óbito. A suspeita é que a catapora tenha vitimado uma idosa de 50 anos, que sofria de outras patologias. Para evitar mortes e surto semelhante ao do ano passado, a DVE ampliou suas ações com orientação e conscientizando da população e gestores educacionais

A escassez de chuvas, além de provocar baixa umidade relativa do ar, em 35% com temperatura de 36°C, segundo o Clima Tempo, com maior concentração de poluentes, contribui para disseminação da doença. Tanto, que a maioria dos gestores educacionais em creches e escolas de Ji-Paraná foram orientados das medidas a serem adotas.

“No ano passado na Creche Cantinho do Céu ficamos preocupados com a situação, já que das 350 crianças acreditamos que 100 já contraíram catapora. Ficamos preocupados e de imediato tomamos as devidas providências”, ressaltou Dalva Maria da Silva Souza, diretora da Creche Cantinho do Céu.

O período de incubação varia de duas a três semanas, com média de 14 a 16 dias. As complicações podem variar desde infecção secundária das lesões de pele, pneumonia, encefalite, complicações hemorrágicas, hepatite, artrite, Síndrome de Reye, até relatos de infecção invasiva severa por estreptococos do grupo A (GAS), podendo levar a óbito.

Cuidados de clínicos e pediatras

A principal manifestação clínica é caracterizada pela presença de vesículas (pequenas bolhas) disseminadas em todo o corpo, que evoluem para crostas até a cicatrização (em torno de cinco dias). Pediatras e clínicos orientam a prática dos seguintes cuidados: afastar as crianças com varicela da creche ou escola até o 7º dia após o aparecimento das lesões ou até que todas as lesões tenham evoluído para crostas; manter cuidados adequados de higiene; manter as unhas das mãos das crianças doentes bem aparadas, para evitar lesões que propiciam infecção por bactérias; procurar um serviço de saúde para avaliação e orientação; não dar aspirina para crianças com varicela, pois esta pode causar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por quadro Neurológico e alterações no fígado e notificar os surtos oportunamente.

“Nós estamos orientandos os pais e educadores sobre os cuidados com a doença, que se propaga durante o período da seca. É importante, que assim que constatar a presença do vírus a criança seja retirada do ambiente escolar”, ressaltou Adonias Rosa Pereira, enfermeiro e diretor interino da Divisão de Vigilância Epdemiologica.

Por Wilson Neves



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