BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

“Dia da Infância” falta à festa de comemoração

Apesar dos avanços através de décadas de lutas, ainda são bem poucos os motivos para se comemorar, com euforia, o “Dia da..

Publicado: 25/08/2014 às 14h07
Atualizado: 27/04/2015 às 01h10

Novos crimes, principalmente praticados pela internet, são focos cada vez mais destacados pela Justiça

Novos crimes, principalmente praticados pela internet, são focos cada vez mais destacados pela Justiça

Apesar dos avanços através de décadas de lutas, ainda são bem poucos os motivos para se comemorar, com euforia, o “Dia da Infância”. A data é uma sugestão, instituída, pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), e pontua o 24 de agosto, de cada ano, para a celebração que pretende a reflexão sobre essa temática. Como tem acontecido nesse período, as instituições, organizações não-governamentais e representatividades de diversas ordens, acenam com a realização de eventos, bem como palestras, seminários e debates abertos para a comunidade. São tentativas, na opinião de especialistas no assuntos, que mais servem para equilibrar “uma luta contra as diversas violências sofridas pela criança, que para a redução desses males.

O dia 24 de agosto, denominado “Dia da Infância”, de acordo com as comunicações a respeito do tema distribuídas pelo Unicef, objetivam promover reflexão sobre a condição da vida das crianças de todo o mundo. O estudo aprofundado mais recente, divulgado pelas organizações que lutam pelos direitos da criança e do adolescente, data de 2011. Dentre os tópicos principais, destaque para a violência sexual contra meninas. De acordo com as informações, o estupro é o crime mais denunciado. São 12.132 registros. Embora, outras categorias possam superar estes referenciais, porém, não chegam a computar as estatísticas.

Psicólogo Marcos Paulo, do 2º Juizado da Infância e Juventude de Porto Velho

Psicólogo Marcos Paulo, do 2º Juizado da Infância e Juventude de Porto Velho

Entrevistado pelo Diário da Amazônia, o psicólogo Marcos Paulo, do 2º Juizado da Infância e Juventude, Porto Velho, revela, dentre outras situações, que a região ocupa lugar de destaque, negativamente, no que diz respeito à violação de direitos da infância praticados nos últimos anos. Segundo ele, o impacto que as usinas causaram na Capital foi preocupação de uma política nacional. “Porto Velho teve um papel de destaque (negativo) em razão da grande concentração de homens e, consequentemente, problemas de diversas ordens. A carência no aparelhamento dos órgãos e setores, frente ao quantitativo de número de denúncias que ocorrem sobre violações de direitos, é o ponto mais crítico”, explica.

O psicólogo acredita que o funcionamento pleno das estruturas não tem sido suficiente para oferecer os suportes que o estatuto da criança necessita. “Temos uma deficiência do Estado frente à essa demanda que cresceu muito nos últimos anos”, reforça.
Para o psicólogo, em Porto Velho os casos mais comuns estão relacionados à violência intrafamiliar. Ele explica que no seio da família há muitas práticas dessa natureza que envolvem agressores da própria confiança da criança. Bem como pais, padrastos, tios, avós, dentre outros. “Para a família, isso é algo de difícil percepção. Quando o caso vem à tona já se passou muito tempo. Temos casos recentes de meninas que engravidaram, dos próprios pais e padrastos. Eles não tinham mais que 11 anos de idade. Acompanhamos tudo isso mas, as estruturas se limitam a suas condições”, finaliza.

Por Analton Alves

Por Diário da Amazônia

Deixe o seu comentário