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RONDÔNIA

Sacoleira conectada conquista autonomia financeira

O trabalho como sacoleira é um dos mais antigos do comércio brasileiro, e com a facilidade da formalização e o surgimento de novos..

Por Portal SGC
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Publicado: 09/10/2014 às 12h47min | Atualizado 19/03/2019 às 15h15min

Atraída por vendas diretas, Fabiane vira empresária

Atraída por vendas diretas, Fabiane vira empresária

O trabalho como sacoleira é um dos mais antigos do comércio brasileiro, e com a facilidade da formalização e o surgimento de novos polos de moda populares, o segmento vem passando por um grande processo de crescimento. A venda de porta em porta é uma ótima forma de garantir uma renda no final do mês. De acordo com o Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil é o quinto mercado mundial em vendas diretas, atrás do Japão, Estados Unidos, Alemanha e Itália.

Buscando conquistar sua autonomia financeira, há cerca de 11 anos, a dona de casa, Fabiane Alves Lima, pediu R$ 200,00 emprestado de uma cunhada, comprou tudo de bijuterias e saiu vendendo de porta em porta. O resultado foi surpreendente, em menos de uma semana, toda a mercadoria estava vendida. “Eu não estava trabalhando e precisava urgente encontrar uma maneira de trabalhar e ganhar dinheiro. Eu sempre gostei de trabalhar com vendas, era uma coisa que eu sabia fazer bem. Conversei com meu marido e decidimos pedir dinheiro emprestado e arriscar”, conta.

Primeiro pedido de roupas veio de Goiânia

Fabiane lembra que quase todas as clientes que compraram a primeira vez, fizeram encomendas e começaram a pedir para que ela vendesse também roupas e outros assessórios. “Eu já sabia que o segmento de vendas diretas era bom, eu só não tinha o capital suficiente para investir em roupas. Juntei por alguns meses o lucro que eu tinha com as bijuterias e através da tia do meu marido que mora em Goiânia, fiz o meu primeiro pedido de roupas. Quando a caixa chegou, senti uma felicidade tão grande, pois eu sabia que conquistaria um espaço no mercado”, diz Lima

Ela relata que para obter o resultado esperado de vendas no final do dia, planejava bem seu dia de trabalho. “Eu já sabia o que as minhas clientes estavam precisando, já conhecia o perfil de cada uma. As vendas deslancharam, em questão de dias, todo meu estoque estava esgotado. Percebi que era o momento de investir tudo nessa ideia. Comprei uma passagem e fui fazer minhas compras em Goiânia. Quando retornei, abri um espaço na minha casa e comecei a atender a clientes”, expõe Alves.

Hora de formalizar o negócio

Com uma clientela fixa e um bom faturamento, Fabiane concluiu que seu negócio tinha dado certo e viu que estava na hora de se formalizar. Procurou o Sebrae, foi orientada a participar de uma palestra e logo em seguida se formalizou como Micro Empreendedor Individual (MEI), passando a ter direito a aposentadoria, seguro desemprego e outros benefícios. “Depois eu eu me formalizei, pude expandir um pouco mais. Comecei a trabalhar com cartão de crédito, e as promissórias que antes me davam trabalho para receber, ficaram de lado, para rascunho”, destaca.

Segundo o Sebrae, o MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. De acordo com o Portal do Empreendedor, até o dia 31 de setembro, 4.367.796 milhões de pessoas estavam cadastradas em todo o Brasil como MEI. No Estado de Rondônia 32.027 estavam cadastradas, na Capital 11.189, entre elas Fabiane.

 

A página da Fabiane Atualíssima no Facebook alcançou em dois anos, cinco mil contatos entre clientes e amigos

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Redes sociais como aliadas para o sucesso

As redes sociais são fortes aliadas do negócio da empresária Fabiane. Ela conta que depois que entrou no Facebook com a página Fabiane Atualíssima, o número de vendas cresceu 300%. O bom gosto de Fabiane Lima, somado ao perfil de empreendedora de criar oportunidades, fez com que a Fabiane Atualíssima alcançasse em menos de dois anos, 5 mil amigos no Facebook, 2 mil seguidores no Instagram e mais 2 mil pessoas em um grupo fechado. “A medida que as roupas iam chegando, eu já ia postando nas redes sociais. Só que percebi que isso não repercutia bem, que as outras lojas faziam a mesma coisa. Foi quando eu tive a ideia de montar os looks, fotografar e postar. O resultado foi ótimo, todo mundo curtia, pedia pra separar, mandava mensagem perguntando o preço” explica.

A empresária destaca, que só conseguiu alcançar tantos resultados positivos, com muita dedicação e força de vontade. “ Eu preciso ficar conectada 24 horas. Não deixo de responder uma única cliente. Hoje sou uma mulher realizada, tenho meu próprio negócio, estou grávida e já tenho condições de empregar uma funcionária. O começo não foi fácil, mas hoje depois de tantas idas e vindas, só tenho a agradecer. Nosso próximo desafio é começar a vender no atacado. Já vi muitas lojas copiando a Fabiane Atualíssima e por isso quero fazer dos meus concorrentes meu clientes”, finaliza.



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