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Diário da Amazônia

Saúde começa a reverter situação caótica

Plantões médicos são divulgados aos usuários e cresce economia de recursos públicos.

Por Assessoria
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Publicado: 29/10/2017 às 05h30min

Secretário Orlando Ramires falou das mudanças implementadas para melhorar a saúde

Uma série de medidas adotadas nos últimos quarenta dias pela Secretaria Municipal da Saúde (Semusa) começa a produzir resultados mais satisfatórios e necessários para reverter a caótica situação a qual a atual gestão recebeu o setor. A herança deixada pela administração passada foi um quadro dantesco: uma saúde com suas unidades básicas praticamente sem medicamentos, sem processos para aquisição, com apenas três ambulâncias funcionando e um descontrole administrativo em alta escala, que abria ralos e provocava a sangria de recursos públicos em vários pontos.

Foram meses para reparar equívocos, reorientar procedimentos e acabar com práticas deletérias à gestão pública. Para mexer no status quo, o secretário Orlando Ramires teve que enfrentar situações das mais adversas. Uma delas foi o reposicionamento do Centro Médico de Especialidades (CEM), que para fazer funcionar de maneira mais efetiva, foi acusado de tentar acabar com o atendimento especializado para a população porto-velhense.

O que havia era uma estrutura que contava com 51 médicos em apenas 13 consultórios. A produção era de 3,8 mil consultas por mês, a um custo que ia de R$ 300 a R$ 600 por consulta. A média diária de consulta por profissional era de 2,4 paciente, número que ‘quebraria’ qualquer consultório médico privado.

Transferência

Com a espertise de um profissional que é com mais de trinta anos de medicina, além de já ter sido secretário estadual de saúde e diretor-geral dos principais hospitais do Estado, o médico sanitarista Orlando Ramires passou a agir, primeiramente redistribuindo os especialistas em três unidades. No CEM ficaram 31 especialistas, dez foram remanejados para a Unidade de Saúde Hamilton Gondim e dez, principalmente pediatras, para a Unidade de Saúde Rafael Vaz e Silva que já foi no passado unidade de especialidades.

Apenas com esse remanejamento, o secretário Orlando Ramires espera um incremento acima de 50% no número de atendimentos, saltando de 3,8 mil para aproximadamente 12 mil atendimentos com especialistas.

Para dar mais transparência ao serviço, o secretário determinou que sejam enviadas cópias das escalas de plantão ao Ministério Público, ao Portal Transparência, ao Conselho Municipal de Saúde e ao gabinete do prefeito. “Vamos assegurar total transparência para evitar questionamentos e críticas infundadas”, observou.

Ainda nesse aspecto de remanejamento, nos próximos dias a Semusa vai transferir o funcionamento da unidade de saúde Manoel Amorim de Matos, para uma unidade construída no bairro Castanheiras, que nunca foi ocupada mas já foi depredada por vândalos, e que passa atualmente por recuperação. A Unidade Manoel Amorim de Matos está defasada e precisa passar por reparos.

Regulação

Outra mudança, que impactará positivamente para a população foi no sistema de regulação, o serviço que transformou as filas físicas nas unidades de saúde em filas virtuais, isto é, com a regulação o paciente passou a acompanhar o andamento da fila no conforto de sua casa. Antes, quando o paciente procurava a unidade de saúde próxima de sua casa para agendar consulta com especialista no CEM e, ao chegar lá, se fosse pedido novo exame, ou indicada outra especialidade, esse paciente tinha que retornar ao final da fila e voltar à unidade de saúde para novo agendamento. A partir de agora não mais. Se houver necessidade de novo agendamento, será feito no próprio CEM.

Estoque de remédios assegurado

Com relação ao estoque de medicamentos, um dos grandes problemas em todas as unidades de saúde, que tem acumulado reclamações da região do Baixo Madeira à Ponta do Abunã, deve ser regularizado em menos de um mês.

“O estoque de medicamentos básicos, composto de 170 itens, sempre esteve em permanente desequilíbrio. Agora estamos equacionado essa situação.

O soro fisiológico, por exemplo, temos 144.700 unidades, o suficiente para seis meses. Por esses dias, provavelmente neste fim de semana, estamos recebendo um milhão de captopril, usado no tratamento de pressão alta. Nos próximos 20 dias estaremos regularizando todo o estoque em nossas farmácias”, afirmou.

O ajuste e controle de gastos também deu boas respostas. Por exemplo, a Semusa conseguiu cancelar cerca de R$ 1,5 milhão em multas acumuladas desde 2012, a maioria aplicada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).



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