Mal terminou um período eleitoral em Rondônia e os grupos políticos de Vilhena já iniciaram os aquecimentos para a disputa a prefeito. Mesmo com muito tempo para a população voltar às urnas as articulações políticas já ganham força, e principalmente notoriedade. No grupo do prefeito Zé Rover (PP) tem até disputa interna para saber quem vai substitui-lo na busca pelo voto. De um lado, o secretário de assuntos governamentais, Gustavo Valmórbida, é apresentado pelo próprio prefeito como a melhor alternativa para o que chama de continuação do progresso vilhenense, e que na verdade é apenas a prolongação de sua trajetória à frente do município.
Arrigo acredita que tem capacidade de vencer a disputa para ocupar a vaga de prefeito Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia
Rover tem dado um jeito de inserir o primo que é seu braço direito na administração municipal em todas as atividades públicas em que é convidado, ou que precisa estar presente, como forma de propagar a imagem de Gustavo, que apesar de desenvolver um trabalho intenso dentro do Poder Executivo nunca foi interessado em disputar os holofotes da mídia com ninguém.
Sempre ao lado de Rover, Valmórbida não tem rejeição dentro do grupo que faz parte. Cabe a ele, atualmente, ser “o prefeito” quando Rover não está no município. Somente Gustavo tem autorização para falar em nome do chefe do Executivo Municipal, e principalmente, prometer por ele. Por conta desse trabalho Rover não esconde que tem vontade que seja Gustavo seu sucessor dentro da linha política que vêm traçando. Nessa semana o secretário municipal de educação, José Carlos Arrigo, conversou com vários jornalistas e afirmou veementemente que é pré-candidato a prefeito de Vilhena, independentemente do que Rover vem falando por aí para valorizar o passe de Gustavo.
Arrigo tem a confiança do prefeito justamente por atender todos os pedidos do chefe maior de Vilhena. Segundo ele mesmo, suas qualidades e trajetória política são suficientes para que assuma a vaga de candidato oficial do grupo. Arrigo não falou em momento algum em racha, mas deixou claro que pretende brigar pela vaga. Dois candidatos para o mesmo cargo, dentro de um grupo político, naturalmente se torna uma disputa que pode tomar grandes proporções. Isso porque a cada desavença que acontece envolvendo qualquer um deles, o outro acaba ganhando notoriedade, e principalmente mais apoio. O prefeito Rover conta, ainda, com uma possível aliança com o PMDB, que atualmente é comandado pelo vereador Junior Donadon, que será presidente da cCâmara no próximo biênio, e já demonstrou interesse em concorrer ao mesmo cargo que atualmente é ocupado por Zé. Rover apoiou a reeleição de Confúcio Moura (PMDB) e poderá pedir retribuição para a campanha seguinte.
Tudo ainda está bastante escuro, e não há afirmações prévias que possam se sustentar até o período eleitoral de 2016. O que se pode adiantar, até então, é que a disputa irá se polarizar, mais uma vez, entre o grupo de Rover, contra a família Donadon, que tem pelo menos cinco pré-candidatos. Além do vereador, futuro presidente da Casa de Leis, Junior, há Melki Donadon (PTB), que já foi prefeito da cidade e conta com grande carisma de parte da população; sua esposa, Rosani Donadon (PTB) que comandou a Secretaria de Ação Social (Semas); a irmã de Melki, Raquel Donadon (PTB) que foi candidata à deputada federal nas últimas eleições, conquistando pouco mais de 17 mil votos; e deputada estadual eleita, Rosângela Donadon (PMDB), mulher do ex-deputado Marcos Donadon. Rosângela fez pouco mais de 11 mil votos nas últimas eleições, que lhe renderam uma vaga na ALE durante a legislatura 2015-2019.
