Porto Velho/RO, 26 Março 2024 04:00:25
Diário da Amazônia

Soja reduz perdas no mercado externo

A soja disponível, em Paranaguá, era cotada a R$ 73,00 por saca, e R$ 73,60 em Rio Grande.

Por Assessoria
A- A+

Publicado: 07/07/2015 às 16h26min

A soja continua sendo uma das maiores referências para exportações no Brasil

A soja continua sendo uma das maiores referências para exportações no Brasil

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, na sessão desta segunda-feira (6), seguem trabalhando em campo negativo. As posições mais negociadas, por volta das 13h10 (horário de Brasília), trabalhavam com perdas de dois dígitos, porém, ainda mantendo o patamar dos US$ 10,00 por bushel. O contrato novembro/15, referência para a safra americana, era cotado a US$ 10,17, recuando 12,75 pontos.

O recuo das cotações era motivado, principalmente, pelo nervosismo do mercado financeiro e pela elevada aversão ao risco por parte dos investidores, que acabam por deixar suas posições em ativos mais frágeis – como as commodities – para migrarem para outros mais seguros – como o dólar, por exemplo. Segundo explicaram especialistas ao site InfoMoney, a reação inicial de todos os mercados é negativa, o euro já recua expressivamente frente ao dólar, bem como os principais índices acionários americanos.

E com esse movimento, a moeda norte-americana registrava um dia de ganhos não só frente ao real, mas a uma cesta de principais moedas ao redor do mundo, principalmente o euro. A divisa, também por volta de 13h10, trabalhava com alta de 0,19% para R$ 3,146, depois de bater os R$ 3,15 ao longo dos negócios até esse momento. Assim, os preços nos portos brasileiros também conseguiam manter alguns de seus patamares importantes.

A soja disponível, em Paranaguá, era cotada a R$ 73,00 por saca, e em R$ 73,60 por saca no porto de Rio Grande. Já a soja da safra nova tinha referência de R$ 74,00 no terminal paranaense e de R$ 76,00 no gaúcho.

Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o reflexo dessa tensão no financeiro é momentâneo para os grãos, principalmente por conta de fundamentos ainda positivos para soja, milho e trigo. “Trata-se do impacto imediato”, diz. E apesar dessas baixas acentuadas, para o consultor, o mercado reagiu “bem” a essas informações ao garantir, ao menos, o patamar dos US$ 10,00.

“O mercado da soja conseguiu sustentar bem o patamar dos US$ 10/bushel, e isso é muito importante. No caso do milho ainda está bem acima dos US$ 4/bushel, e do trigo tentando segurar os US$ 6/bushel”, analisa. “Acredito que nos próximos dias o mercado já se recupere, volte aos seus fundamentos e esqueça a Grécia”, completa.

Paralelamente, há ainda o acompanhamento do clima nos EUA e a espera pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga depois do encerramento do pregão em Chicago, às 17h.



Deixe o seu comentário