RO apresentou uma redução de empregos equivalente a uma retração de 0,48% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada Eliênio Nascimento/Arquivo/Diário da Amazônia
Nos últimos 12 meses, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE) verificou uma queda de 0,77% no nível de emprego, isto é, menos 2 mil e cinco postos de trabalho. A pesquisa aponta que a região Norte do Brasil foi a que teve maior redução na taxa de desocupação no último trimestre deste ano. Em relação ao mesmo período de 2013, o desemprego na região Norte caiu 0,6 pontos percentuais, passando de 7,5% para os atuais 6,9%. No segundo trimestre a queda foi de 0,3 pontos.
O estado de Rondônia apresentou, no mês de novembro último, uma redução de empregos celetistas equivalente a uma retração de 0,48% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. De acordo com o Caged/MTE, o setor de atividades que mais contribuiu para este resultado, outra vez, foi a construção civil registrando menos 1 mil e 53 postos.
No Relatório de Situação de Produção de Posto de Atendimento do Sistema Nacional (Sine-RO) consta o registro de 19 mil 632 requisições de seguro-desemprego, totalizando 105 mil 902 trabalhadores cadastrados no Sine Estadual, até a última terça-feira (23). Já os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que na série ajustada – que incorpora as informações declaradas fora do prazo – nos primeiros onze meses de 2014, houve acréscimo de 1 mil e 351 postos, ou seja, foram criados 0,53% novos empregos no Estado.
ATENDIMENTO DIÁRIO E AMPLIADO PARA O SEGURO
O MTE informa que todos os empregados celetistas que foram demitidos, sem justa causa, receberão do empregador o formulário próprio (Requerimento do Seguro-Desemprego) em duas vias, para recorrer à assistência financeira que é concedida em, no máximo, cinco parcelas de forma contínua ou alternada. O ex-funcionário da Avianca, Jônatas Rocha Sousa – desempregado há dois meses, conta que levou cópias de toda a documentação exigida ao Sine Municipal, onde deu entrada para receber o benefício. “Cheguei ao local às seis da manhã e peguei uma das 60 fichas que são distribuídas diariamente. Fui atendido somente depois das 11h. Mas, nem todo mundo consegue, tendo que voltar outras vezes. Essa espera é ruim”, narra.
Além de ser cadastrado para o seguro-desemprego, o Sine registrou as informações profissionais de Jônatas Sousa para uma possível vaga de trabalho, com proposta salarial equivalente ao que ele recebia no último emprego. “Caso venha a surgir uma vaga que se encaixe com meu perfil profissional, serei comunicado. Lá me disseram também que vão me informar sobre os cursos profissionalizantes oferecidos pelo Governo”, acrescenta. Ele considera que esse atendimento ampliado pelo Sine é uma conquista do trabalhador celetista e contribui com o retorno de muitos desempregados às atividades profissionais. Sousa está habilitado a receber cinco parcelas do benefício – a primeira, segundo ele, será em janeiro próximo – “porque trabalhei com a CTPS assinada durante três anos, exercendo a função de Agente de Aeroporto”, conclui.
O Relatório de Situação de Produção do Sine-RO tem 105 mil 902 trabalhadores cadastrados Roni Carvalho/Diário da Amazônia
CENÁRIO POSITIVO PARA 2015
Os economistas e pesquisadores estão otimistas quanto à economia de Rondônia a partir do próximo ano. Em relatório publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Banco Itaú, no mês passado, eles apresentaram uma previsão de crescimento médio real da economia do Estado de 1,8% ao ano, até 2020. Os estudos traçam um perfil macroeconômico de Rondônia – Estado que possui a terceira menor população do Norte, com um índice crescente de 13,2% entre 2000 e 2010, acima da média nacional para este mesmo período.
Espera-se que nos próximos anos sejam injetados na economia do Estado cerca de R$ 2 bilhões em investimentos privados, com destaque para o setor de energia elétrica que deverá ser responsável por 87% desse montante. Para isso, conta com a participação de duas usinas hidrelétricas, impulsionando a economia local. A composição do Produto Interno Bruto (PIB) rondoniense é distinta da observada na região e em todo o país, com maior participação do setor agropecuário e menor concentração no setor industrial. Os economistas observaram ainda que Rondônia teve o segundo maior crescimento do saldo de crédito da região e a inadimplência também é a segunda mais baixa entre os Estados do Norte.
Nos primeiros onze meses de 2014 foram criados 0,53% novos empregos no Estado Roni Carvalho/Diário da Amazônia
Regras do MTE
O trabalhador que for demitido – sem justa causa – terá do 7º ao 120º dia após a rescisão de contrato para dar entrada ao seguro; após esse período, ele perderá direito ao benefício. Para o trabalhador doméstico, o perídio de entrada é do 7º ao 90º dia após a dispensa.
Para dar entrada no seguro-desemprego, o trabalhador deve entregar os seguintes documentos: formulário de Requerimento do Seguro-Desemprego em duas vias; comprovante de Inscrição PIS/Pasep; Carteira de Trabalho; Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) já quitado pela empresa; Carteira de Identidade (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – se ainda não tiver o RG deve entregar o Protocolo de Requerimento da Carteira de Identidade com a certidão de Nascimento ou de Casamento; CPF; os dois últimos contracheques ou recibos de pagamento; documento de levantamento dos depósitos do FGTS ou extrato que comprove os mesmos.
Após análise da documentação apresentada, o responsável pelo posto de entrega providenciará a inclusão no sistema.
