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Diário da Amazônia

Trânsito continua violento na cidade

Em Ji-Paraná, de janeiro a outubro de 2017 já foram mais de 1000 vítimas de acidentes.

Por J. Nogueira Diário da Amazônia
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Publicado: 08/10/2017 às 05h05min

Mesmo com ações educativas e repressivas no trânsito, dados são preocupantes

A falta de atenção e a imprudência no trânsito de Ji-Paraná colaboram, diariamente, para o surgimento de novas vítimas no município, aumentando os índices de atendimento nos órgãos ligados ao setor, e principalmente, no Pronto-Socorro Dona Nega e no Hospital Municipal Claudionor do Couto Roriz.

Somente no ano passado foram contabilizadas 1.397 vítimas não fatais, enquanto 18 morreram. Os números são provenientes das estatísticas do 2º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) com sede nesta cidade.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente BM Dos Santos a média diária de atendimento, entre segunda e sexta-feira, fica em quatro acidentes, podendo essa média aumentar ainda mais, nos finais de semanas (especialmente) prolongadas quando o consumo de álcool cresce de forma preocupante. “Infelizmente, muitos condutores continuam ‘teimando’ em misturar álcool com direção, transformando seu veículo em uma potente arma no trânsito”, afirmou.

De acordo com as estatísticas do Grupamento de Bombeiro Militar (GBM), no ano de 2016, foram quase 2,5 mil acidentes, sendo 18 deles fatais e 1.397 não fatais. Dos Santos Lembrou que no mesmo período, outros casos foram registrados na região de Ji-Paraná, sendo que alguns deles com a vítima já entra em óbito e a corporação, não acionada. “Existem acidentes que são atendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Delegacia de Ji-Paraná”.

Queda

Já neste ano, os números mostram 1007 vítimas de acidentes de trânsito, não fatais e 14 mortes entre os meses de janeiro e outubro. A projeção, se continuar na média, é que 2017 termine com menos mortes em acidentes de trânsito. Mas ele também lembrou que os meses mais violentos no trânsito são julho (Expojipa) e os festejos de final de ano, com maior consumo de bebidas alcoólicas. Ainda conforme o GBM de Ji-Paraná, o ponto maior de incidência de acidentes é a avenida Transcontinental.

Detran/RO

De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RO), a estatística de acidentes de trânsito no Estado mostra que a faixa etária das vítimas fatais de acidentes é entre 30 aos 59 anos. Segundo a coordenadora de Educação de Trânsito do órgão, em Ji-Paraná, Ivete Alves mesmo com redução entre os anos de 2015/16 (231 óbitos/15 e 218/16 os condutores continuam praticando imprudência. Também ficou constatado que a maioria das mortes são de homens (398/2015) e 396/2016 178 mulheres no mesmo período.

Ainda segundo a coordenadora, o Detran não fica somente na estatística. Especialmente em Ji-Paraná, ela firma que semanalmente são feitas ações educativas e também repressivas. Aos finais de semana, sempre a equipe da Lei Seca realiza abordagem na região central do Estado. “Não somente repreendemos, mas também procuramos educar os condutores, essencialmente os motociclistas que são as vítimas mais frágeis no trânsito. Acredito que através da educação podemos sensibilizar esses condutores para um trânsito menos violento, consequentemente, mais humanizado”, concluiu.



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