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Diário da Amazônia

Um próspero ano novo à arte e à cultura

“Feliz Arte e Cultura para todos em 2018, um sonho coletivo e desejamos, aspirações do poder público.”

Por João Zoghbi Diário da Amazônia
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Publicado: 31/12/2017 às 06h30min

Fechamos nosso ano com essa terceira página, buscando trazer uma seleta retrospectiva, não se trata de as melhores do ano é uma questão de preferência mesmo. Na busca de passar para o leitor o que temos de melhor na arte, na literatura, na música enfim na cultura em seus vários segmentos e foram as que mais me tocaram no processo em termos de ousadia, qualidade produtiva em seu conteúdo final, sendo assim, trouxe de volta para relembrar essa magia chamada talento ou de dom natural, privilégio de poucos que de uma forma ou de outra nos encantaram.

Ainda bem que não só encantou a mim e tenho certeza que também a você. Se liga aí, em nossa última seleção do ano de 2017, que ainda ‘com toda essa crise econômica que assola o país’ mostramos cidadãos trabalhadores cheios de sonhos e de esperanças que acreditam em nossa cidade, em nosso Estado e em nosso país, para tirar o próprio sustento e muitos deles de suas famílias, se valendo apenas da produção de um dos mais difíceis ofícios humanos: A arte. Feliz Ano Novo!

Cristiane Oliveira “ARTESANATO NATUREZA”

Cristiane Oliveira (Hadasa Oliveira Nascimento), a Cris da biojoia como é conhecida no meio artístico, nos diz com orgulho que seus avós maternos são de origem do Guamá, em Belém do Pará. Os paternos, o avô de Rio Branco, Acre e a avó do Ceará: “Meu avô era seu Arlindo Dias de Oliveira, tinha uma fábrica de carrocerias de caminhão, ali na avenida Nações Unidas”, fala com emoção.

Filha de Olinda Oliveira de Porto, Velho e, Francisco Nascimento (seu Fran) de Rio Branco, Acre, nos diz que seu talento só pode ter vindo dessa mistura toda de origem nordestina e amazônica.

Cris, atualmente também representa a SB indústria de semijoias de Porto Velho, em que produz com muita criatividade as suas próprias semijoias e ecojoias, onde agrega as sementes e lâminas de madeira: tucumã+madeira+cumarú, usando a técnica de marchetaria com lapidação, corte, lixa com granulação diferente e finalizando com um super polimento em marchetaria, casca de coco e filetes de madeiras.

Produz com muito talento semijoia em ouro 26 banhos.

Parte Das Artes “ARTE EM TODA PARTE”.

O projeto surgiu numa inspiração coletiva canalizada às sensíveis e privilegiadas ‘cabeças pensantes’ de dois artistas, desses de quando se encontram para uma simples conversa sobre a cultura artística em geral, vai além da conversa informal, permeia pelo campo da diversidade criativa e técnica na área das artes visuais e, nessas horas que surgem boas ideias, como foi o projeto ‘Parte Das Artes …arte em toda parte!’

Cinco artistas juntos pela arte, arte em toda parte num projeto artístico cultural: “Atendendo o critério somente através de ‘convite pessoal’ fomos honrados por aceitarem e somar nessa primeira edição os artistas visuais: Rita Queiroz, Franciney Vasconcelos e Timides”, comenta o artista João Zoghbi.

Através desse projeto os artistas se posicionaram de forma diferente e forma consciente de pensar, de como se utilizar do conhecimento e do fazer artístico como uma ferramenta de mudança de vida e de um novo olhar de mundo pela semiótica, afins.

“Parabenizo aqui todos os colegas, que como eu aceitaram o convite para participar deste projeto em especial o Zoghbi, mentor e grande incentivador da arte por toda parte. Já está registrado que temos potencial e talento para realizar o melhor em artes plásticas, arte na raiz, papel, esculturas em metal, fibra, tubo, etc… continuar criando obras e divulgando o que fazemos de melhor: Arte”, disse o artista visual, Timides.

Cristina Longo “ARTE, ARTESANATO E MIMOS DA CRIS”

“Eu creio que herdei o talento de minha mãe ela pinta quadros artísticos muito bem, até hoje”, disse Cris.

Apesar de seu nome ser apropriado para as artes visuais Cristina de Oliveira, mudou seu nome artístico com a permissão de sua mãe, agora se chama ‘Cristina Longo’, “nada pessoal, apenas para não confundirem meu nome com os já existentes no mercado e nas redes sociais e, acredito que além de soar melhor presto uma homenagem à minha mãe querida, dona Maria Longo”, reiterou a artista Cristina Longo.

Pastora de Oliveira “FAZ ARTESANATO PARA ALIVIAR A DOR”

Busquei no artesanato, há um pouco mais de dois anos para me curar de uma ‘tristeza’ logo que meu filho mais novo se acidentou de moto. Depois do acidente de meu filho, busquei o artesanato para curar minha dor”, lembra a artista, Pastora.

Pastora Araújo de Oliveira é seu nome de batismo, veio para Porto Velho, de sua cidade natal Altamira no Pará, com seus pais, seu Memésio Araújo Oliveira e a Sumira Barbosa da Silva. Ela era parteira, muita gente da capital a conheceu, já falecidos. Tem três filhos, Leílson o que se acidentou de moto, e Leandro, esse foi o primeiro contato ao adentrar em sua loja assim que estacionei em frente a casa e também atelier: Pastora é uma artesã por excelência, em suas mãos tudo se transforma e artefatos decorativos, artesanatos e trabalhos manuais de todos os tamanhos e utilidades para todos os gostos.

Quem toma conta da loja enquanto ela fica na oficina ou cuidando da residência é seu esposo, senhor ‘Paulo’ Lucivaldo da Silva, gaúcho, que foi cozinheiro chefe no Vila Rica quando em sua inauguração, trabalhou também nas cozinhas do Hotel Rondon, Aquários e na churrascaria Boi Na Brasa, promessa cumprida, essa história foi contada pelo amigo e colega de profissão Silvio Zé Katraca Santos, quem nos pautou esse entrevista com a Pastora e que de presente ganhamos mais um tópico da ‘história oral’ de Porto Velho.

Silvio M. Santos “AS PERIPÉCIAS DO GENERAL”

Sucesso total: “As Peripécias do General”, Manelão. Foi o livro regional mais vendido de 2017, mais de 300 unidades até o momento, lançado dia 08 de fevereiro de 2017 em noite de autógrafo na Livraria “EXCLUSIVA”, Av. Carlos Gomes c/ Guanabara, das 18h às 20h, música ao vivo ao compasso do músico e compositor, Silvinho Santos.

O projeto gráfico é da Gráfica Imediata do Mikael Esber, revisado por Creila Maria, ilustrações de João Zoghbi, colegas de redação do Diário da Amazônia.

(Já comprou o seu? Não… é só ligar para o Silvio: (69)993021960

EVIDÊNCIA

Aline Viana
“A MENINA QUE SE
DESCOBRIU ARTISTA”

Aline, a menina que se descobriu artista pelo olhar e a oportunidade concedida pela artista Rita Queiroz: “Eu vi um quadro de Aline na parede do restaurante de sua mãe e, a convidei para pintar comigo na sala de recepção de minha exposição permanente no Museu da Memória Rondoniense – Mero”. segundo a artista, o quadro de Aline lhe chamou muito a atenção, depois de vários dias em que foi almoçar no restaurante de sua mãe, ‘eu a via ajudando sua família na cozinha do restaurante e perguntei a sua mãe quem teria pintado aquele quadro na parede e ela me respondeu com muito orgulho de que fora, Aline, de 17 anos, sua filha, feito num trabalho de escola, achei muito bonito de linhas inocentes, simples, mas de uma força espiritual e talento muito grande, assim a convidei para pintar comigo no atelier improvisado em minha sala de exposição permanente lá no Mero’, com muita satisfação Rita relatou o encontro.

“Quando vi aquela senhora me chamando para falar sobre meu quadro, me senti diferente, sei lá, um frio na barriga parecia que eu já sabia que ela ia me dizer algo de muito bom, foi aí que veio, nem acreditei, o convite”.

“Antes eu desenhava à lápis sobre papel em preto e branco de temas variados, na minha escola ‘Risoleta Neves’, na aula de Educação Artística tínhamos aula de desenho, estudo de perspectiva (ponto de fuga) isso me ajudou muito quando comecei a pintar paisagem”, diz a aluna e acrescentou a mestra: “Essa base lhe deu melhor visão na composição, estudo de luz e sombra dando mais volume e melhor acabamento à obra, me surpreendi com os resultados”. Agora dona Creuza Viana Guimarães, lá do restaurante ‘Bob’ próximo ao mercado do ‘Um’, está muito feliz e orgulhosa com sua filha, a menina Aline Maria Viana Guimarães, a Aline.

Há três meses no atelier da mestra Aline já produziu 16 obras em óleo sobre tela estilo moderno de variadas técnicas incluindo espatulado, inspirados nas obras de Rita e de outros autores numa singela releitura com muito esmero e dedicação, na busca de aprender e desenvolver sua própria técnica.



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