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Diário da Amazônia

Zé Rover fala de impasse na Câmara

O prefeito disse que foi humilhado. Ao contrário de como sempre tratou os vereadores.

Por Rômulo Azevedo Diário da Amazônia
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Publicado: 17/03/2016 às 05h25min

Relação entre Júnior Donadon (esq) e o prefeito Rover ficou estremecida

Relação entre Júnior Donadon (esq) e o prefeito Rover ficou estremecida

O prefeito do município de Vilhena, Zé Rover (PP), procurou a imprensa na manhã de ontem (16), para falar sobre o episódio relativo à última sessão ordinária, que aconteceu na última terça-feira (51), em que houve uma discussão entre ele o presidente da Câmara de Vereadores, Júnior Donadon (sem partido) e que resultou num verdadeiro embate que contou com os servidores públicos, em greve desde a última segunda-feira (41), como plateia do bate-boca.

O prefeito disse que foi ingênuo e que não esperava ser humilhado publicamente pelo presidente do Poder Legislativo local. Zé Rover disse que não entendeu o comportamento de Júnior Donadon, e que o vereador pendeu para um embate pessoal ao invés de fazer a sabatina programada sobre a conduta administrativa em que ele (Rover) adotou na reta final de seu mandato.

Zé Rover disse que Júnior Donadon transformou o parlamento em um palanque político e “jogou para a plateia” a fim de se promover, uma vez que é pré-candidato a prefeito. Nos últimos meses de seu segundo mandato, Zé relatou que nunca foi desrespeitoso com os vereadores e que mesmo após o conflito, sua relação com a Casa de Leis continuará estável.

O prefeito contou, em entrevista ao Diário da Amazônia, que pretende deixar o mandato de cabeça erguida, uma vez que desenvolveu muitos projetos para Vilhena, e deixar muitos outros ao próximo que assumir seu posto. Um deles, por exemplo, é a meta de deixar o perímetro urbano do município 100% asfaltado. Rover conta que conseguiu 140 quilômetros de pavimentação asfáltica para Vilhena, e que entregará a gestão com pouco mais da 100 quilômetros de ruas para finalizar a pavimentação. “O projeto está pronto, basta colocar em prática”, garante.

Em crise com o sindicato dos servidores públicos municipais, o prefeito disse que o posicionamento da agremiação é justo, uma vez que tem como objetivos buscar o que é melhor para os servidores, mas diz que não é o momento para se fazer greves. “O sindicato está sendo imprudente, pois o ano letivo está comprometido. Não podemos fazer compromissos que o município não pode honrar”, alertou o prefeito.

Rover explicou que concedeu nessa semana reajuste salarial de 20% aos servidores que ganhavam até um salário mínimo. O resultado oficial na conta destes profissionais é cerca de R$ 300. “Ao todo foram 1,3 mil servidores beneficiados das mais variadas funções. Ainda falta melhorar os salários de mais alguns, porém é necessário cautela para que não possamos endividar o município”, explicou.

Atualmente, segundo o prefeito, o município conta com cerca de 2,5 mil servidores entre comissionados e efetivos. Os professores, que ficaram de fora desse reajuste, segundo o prefeito ainda contam com salários melhores do que educadores de cidades como Rolim de Moura e Ji-Paraná, por exemplo.



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