Reinaugurado em junho de 2018, após um período de interdição terminal hidroviário Porto do Cai N ́Água, devido a grande cheia de 2014, o funcionamento foi novamente paralisado há cerca de três meses. Os usuários já reclamam da situação e, pedem urgência, no retorno do atendimento.
A família de Thaís Adelino é dona de uma embarcação que aporta à margem direita do Rio Madeira, no bairro Baixa União, conta que foi preciso buscar uma alternativa para o trabalho, pois a Marinha do Brasil não permite que o porto seja usado.
“O local não nos atende. Todo o tempo é preciso ficar fazendo uma ponte, mas eles reclamam que não pode ser usado. A gente precisava de algo melhor, além de manutenção. Todos reclamam, mas não temos onde ficar, nem colocar a mercadoria”, reclamou a proprietária.
ADITIVO PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA
Nesta terça-feira (21/05), o coordenador de Obras Portuárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Lindomar Luiz de Abreu Junior, realizou uma vistoria técnica do terminal. De acordo com ele, a interdição foi devido o rompimento de dois cabos de sustentação e, foi acionada a empresa à manutenção.
“O custo para fazer essa correção é acima do que está previsto no contrato. Estamos aditivando e a conclusão deve ser feita ainda neste mês e, a aquisição seja feita dos cabos (de valor alto) para esta recuperação”, esclareceu o coordenador. A administração do terminal é de responsabilidade da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC), sediada em Manaus (AM).
Lindomar Luiz complementou informando que, o problema de rompimento dos cabos são causados por compotas de toras e galhadas que descem o rio “estouram tudo”. Já tivemos vários prejuízos com isso. “Já temos um projeto e vamos construir uma carenagem nas proas do flutuante para que, ao bater, não rompa mais os cabos. Além disso, há a previsão de contratarmos uma embarcação de limpeza apropriada para fazer essa remoção (…), pois o remanso traz isso de volta pelo próprio rio”, informou.
INVESTIMENTO ANTERIOR
De acordo com Lindomar Luiz, “a parte burocrática já está sendo feita. A Marinha já foi acionada e, a liberação só ocorre após a correção desta pendência”. O investimento anterior no serviço foi de R$ 3,8 milhões com recursos do Ministério dos Transportes. O porto atende a população ribeirinha e opera, principalmente, com cargas de pequeno porte.