A Amazônia registrou mais uma triste estatística: 1.034,4 km² de área ficaram sob alerta de desmatamento em junho, recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015.
O número é 10,6% maior do que o registrado no mesmo mês em 2019 e 24,31% maior em relação a maio de maio, que também foi recorde para o período. Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O sistema serve para indicar às equipes de fiscalização onde pode estar havendo crime ambiental. Os números não representam a taxa de desmatamento oficial, mas serve para dar uma ideia do tamanho do problema.
Nos últimos 11 meses, os alertas de desmatamento cresceram 64% em comparação ao mesmo período anterior.
Já o acumulado deste ano, de janeiro a junho, o Inpe registrou aumento de 25% nos alertas de desmatamento, se comparado ao mesmo período de 2019
Os dados indicam que os crimes ambientais segue ocorrendo mesmo com a pandemia do novo coronavírus.
Em junho, os focos de queimadas foram os maiores dos últimos 13 anos, de acordo com o Inpe.
Para tentar resolver a questão, o governo divulgou neste ano um plano nacional contra o desmatamento, com vigência até 2023. O documento foi elaborado em cinco eixos: tolerância zero ao desmatamento ilegal, regularização fundiária; ordenamento territorial; pagamentos por serviços ambientais; e bioeconomia. Não há metas ou prazos.