Porto Velho/RO, 16 Abril 2024 04:01:02
Diário da Amazônia

Caravana em defesa dos Cinta Larga

Governador Confúcio frisou que o governo está mais próximo dos povos indígenas.

Por Assessoria
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Publicado: 27/10/2015 às 05h35min | Atualizado 27/10/2015 às 08h20min

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Caravana da Esperança pelo povo Cinta Larga foi realizada na última sexta-feira

Na sexta-feira (23) o governador Confúcio Moura, acompanhado de secretários de Estado, participou da “Caravana da Esperança” pelo povo indígena Cinta Larga, idealizada pelo Ministério Público Federal.

A caravana saiu da praça central de Espigão do Oeste, com cerca de 300 pessoas, entre autoridades municipais, estaduais e federais, que em comboio de mais de 30 carros seguiu até a Reserva Indígena Roosevelt.

“Nossa missão aqui é conhecer, bem de perto, a situação problemática da extração ilegal de diamantes na Reserva Roosevelt, que envolve uma questão territorial da maior reserva do estado de Rondônia e promover uma resposta rápida aos anseios do povo Cinta Larga”, destacou o governador Confúcio Moura.

O governador frisou que o governo está mais próximo dos povos indígenas. “Realizamos o primeiro concurso estadual para professores indígenas, iniciativa inédita no País. A população Cinta Larga conta com sete escolas com 270 alunos e 30 professores indígenas. Este ano, com o apoio do governo, o município de Cacoal irá realizar os primeiros jogos indígenas e ano que vem o governo irá realizar o primeiro jogos estaduais indígenas”, afirmou.

Com o lema “Conhecer para ajudar”, o objetivo da caravana, segundo o procurador da República Reginaldo Trindade, foi o de levar as autoridades e pessoas para conhecer a triste realidade dos indígenas e, com isso, alcançar novos importantes parceiros nessa luta tão difícil.

“Conseguimos algo inédito no País. É um alento para a nossa batalha para tentar reverter a centenária história de indignidades que aflige o povo Cinta Larga”, ressaltou Trindade.

O cacique Marcelo Cinta Larga afirma que hoje a etnia Cinta Larga está com uma população de três mil indígenas em um território de 2,7 milhões de hectares compreendendo parte dos estados de Rondônia e Mato Grosso.

“Nosso povo está à beira da extinção. O garimpo trouxe muitos problemas para o nosso povo, como doenças que até então eram desconhecidas por nós. Nossa reivindicação é regulamentação do garimpo para ser explorado pelos indígenas de forma organizada”, disse.



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