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Diário da Amazônia

Comando dos bancários aceita nova proposta e greve deve acabar na terça-feira

O comando nacional da greve dos bancários decidiu orientar os sindicatos dos bancários no país a aceitar a nova proposta apresentada..

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Publicado: 04/10/2014 às 15h27min | Atualizado 28/04/2015 às 00h57min

O comando nacional da greve dos bancários decidiu orientar os sindicatos dos bancários no país a aceitar a nova proposta apresentada pelos bancos nesta sexta-feira (3). A decisão da cúpula foi tomada em reunião na madrugada deste sábado (4).

A orientação não significa um fim imediato da greve. A retomada das atividades no país ainda deve ser votada em assembleias regionais na segunda-feira (6). A liderança dos bancários espera, no entanto, que a paralisação seja encerrada em todos os Estados já no dia seguinte às votações locais.

“Foram quatro dias de greve, ainda maior [em número de agências fechadas] que a do ano passado. Em vista disso, a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] se sensibilizou, enquanto em anos anteriores tentava nos vencer pelo cansaço”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, que representa os trabalhadores.

A oferta da Fenaban inclui um reajuste salarial de 8,5%, com aumento de 2,02 pontos percentuais acima da inflação no período. Para o piso salarial, o aumento é de 9% e para o vale-refeição, de 12,2%.

Ao iniciar a greve nacional nesta terça-feira (30), a categoria demandava um reajuste de 12,5% (5,8% de aumento real), piso salarial de R$ 2.979,25, 14º salário e outros benefícios.

Questionado pela Folha se o fim da greve tem relação com as eleições neste domingo (5), Cordeiro afirma que houve apenas “um momento importante para dialogar com a sociedade” a respeito de temas como a independência do Banco Central e a democratização do sistema financeiro. A Confederação da qual Cordeiro é presidente é ligada à CUT, que apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT).

PARALISAÇÃO

Nesta sexta, a Contraf-CUT afirma ter paralisado 10.355 agências bancárias. O número representa 45% das 22.987 unidades bancárias espalhadas pelos 26 Estados.

Por sua vez, a Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, não realiza balanços diários para averiguar a extensão da greve.

Durante os quatro dias de paralisação, a Febraban não se posicionou sobre a greve, informando apenas que “confia no diálogo contínuo entre as partes para se chegar a um acordo de renovação da convenção coletiva de trabalho”



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