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RONDÔNIA

Novo camelódromo sendo planejado

Comerciantes retornam para seu local de origem depois de um ano em praças.

Por Emerson Machado Diário da Amazônia
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Publicado: 28/10/2015 às 05h35min | Atualizado 28/10/2015 às 07h27min

Em uma estrutura improvisada, os comerciantes tentam restabelecer suas rotinas

Em uma estrutura improvisada, os comerciantes tentam restabelecer suas rotinas

O Shopping Popular, no Centro da cidade, está recebendo de volta antigos lojistas que precisaram se instalar em praças da cidade depois da cheia histórica do rio Madeira no ano passado. Foram levantados barracos de madeira no complexo, depois de o piso ter passado por manutenção e pilastras terem recebido uma nova pintura. A maioria dos vendedores, que trabalhava na Praça Marechal Rondon (conhecida como Praça do Baú), já estão no local há cerca de duas semanas.

De acordo com Irene Ribeiro, uma das lojistas no Shopping Popular, estar no local é melhor que a situação enfrentada ao ter se instalado na praça. “Lá [na praça] a gente tinha que ficar debaixo de lona, tudo muito apertado. Era um calor terrível. Então eu prefiro abrir a lojinha aqui no shopping porque a situação melhorou na questão do local. Mas as vendas não andam boas”, afirma dona Irene.

Ela explica que mesmo na praça a situação já não era boa. Segundo ela, hoje em dia ela passa até uma semana sem vender nenhuma peça na loja. “Muita gente estava com medo de vir para o shopping porque as vendas já não estavam boas na praça e aqui, que é um pouco distante da [avenida] Sete de Setembro, ficar ainda pior. Só que nada mudou. Acho que a crise está afetando toda a cidade. É como se as pessoas não tivessem mais dinheiro”, destaca.

Dona Irene afirma que os domingos são os “melhores dias para vender”, mas que isso se resume a uma ou duas peças de roupa que saem. “Domingo dá uma melhoradinha por causa da feira que tem aqui, senão nem no domingo a gente ia vender. Esperamos que as coisas melhorem, pois está difícil manter a loja aberta sem dinheiro”, diz.

O local foi cedido pela prefeitura

A lojista contou à equipe do Diário que ninguém instalado no Shopping Popular precisou desembolsar alguma quantia em dinheiro diretamente para a prefeitura. “Foi feito um cadastro dos vendedores que já trabalham aqui antes da enchente e há quase duas semanas liberaram o espaço para que a gente entrasse. Mas muita gente ainda não veio, pois parece que a prefeitura irá transferir as pessoas da praça para cá aos poucos”, refletiu.

Entretanto, alguns gastos foram pagos pelos próprios lojistas, como as fechaduras nas portas e alguns ajustes para melhorar a segurança dos pequenos espaços. “Nós não precisamos pagar nada, mas alguns gastos a gente sempre tem, mas o pior de tudo é gastar e não ter um retorno com as vendas”, desabafou dona Irene.

Instalação deve ser  provisória 

O secretário Antônio Geraldo Affonso, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur), afirmou que, realmente, o espaço do Shopping Popular é provisório, pois está previsto um projeto de um novo camelódromo, que será localizado na rua Euclides da Cunha, próxima do rio Madeira.

Ele destacou também que não apenas os vendedores do Shopping Popular serão realocados, mas também os ambulantes da praça Jônatas Pedrosa (já conhecida pelos inúmeros barracos para vendas desde roupas a eletrônicos) e da avenida Sete de Setembro. “Ainda estamos fazendo adequações no projeto para questões orçamentárias, mas já foram feitas reuniões e todos estão cientes de que o Shopping Popular é provisório, que um novo local muito mais preparado para receber estes lojistas está sendo planejado”, finalizou o secretário.

 

 



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