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RONDÔNIA

Saúde combate doenças tropicais

O caso mais recente de febre amarela no Estado foi registrado no ano de 2001.

Por Ana Kézia Gomes Diário da Amazônia
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Publicado: 20/01/2018 às 07h20min

A vacina, encontrada nas unidades de saúde, continua sendo a maneira mais eficaz de prevenção contra a febre amarela

O Brasil passa por um período de aumento da incidência de casos de febre amarela, mas, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Rondônia está entre os Estados com baixo risco de contaminação. O governo informou que o último caso confirmado da doença no Estado foi registrado em 2001, em Porto Velho.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, não existem suspeitas que a doença tenha atingido animais e pessoas. A principal ação preventiva contra a febre amarela, segundo Pimentel, ainda é a vacinação. Nesse aspecto, ele disse que a maioria da população rondoniense já foi imunizada.

A febre amarela faz parte da categoria de doenças tropicais e normalmente transmitidas por mosquitos que se desenvolvem em áreas quentes e úmidas, ou seja, áreas encontradas na região tropical. Entre essas doenças também estão dengue, malária e doença de chagas.

A doença de chagas é transmitida principalmente pela ingestão de alimentos contaminados. Em Rondônia a origem da doença foi identificada no consumo de açaí e caldo de cana em que os barbeiros são triturados acidentalmente junto com as bebidas.
Os principais sintomas da doença de chagas são vômito e febre, tendo em vista que por serem sintomas atribuídos a outras doenças os infectados podem carregá-la sem saber. Portanto, ao sentir dores no abdômen ou nos músculos, ritmo anormal do coração ou irritações na pele um médico deverá ser consultado.

De acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) em Rondônia, ainda no primeiro semestre de 2018 todas as parcerias com órgãos públicos de produção, consumo e fiscalização sanitária serão retomadas para identificar e tratar os casos de infecção.

Mais de 500 casos de malária registrados em 2017

Historicamente, Rondônia é conhecida pelos casos de surtos de malária na primeira década de 1900. Durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré essa doença tropical já assombrava aqueles que moravam na região. No final da década de 1980 metade dos casos de malária no Brasil eram atribuídos ao estado de Rondônia.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), no ano passado foram registrados mais de 500 casos de malária em Porto Velho, sendo encontrados nos bairros Aeroclube, Nova Esperança e Castanheiras os maiores números de infectados. “Trabalhamos com ações de prevenção ininterruptas durante o ano para diminuir esses índices, inclusive no bairro Nova Esperança. Com as ações de 2017 a gente conseguiu quase que zerar os casos de malária”, disse Francilei Dias, supervisor técnico de endemia da Semusa.

Já quando se trata da dengue, em 2017 mais de 30 municípios de Rondônia apareceram no mapa de alerta e risco de surto do Ministério da Saúde. Porto Velho está entre as nove capitais em estado de alerta. Até novembro do ano passado foram registrados 286 casos de dengue, 64 de chikungunya e 31 de zika.

Diariamente, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), são realizadas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, mas o comprometimento da comunidade em evitar focos de acúmulo de água em pneus, vasos, garrafas, caixas d’água e outros recipientes ainda é apontado como o melhor combate.



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