Técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Ariquemes e empresários do ramo de mineração se reuniram na semana passada para discutirem as demandas do mercado de trabalho em Ariquemes e região para a abertura de um curso técnico em mineração.

Propostas e projetos foram apresentados e adequações foram realizadas para que o curso técnico em mineração, que já existe em outras unidades do Senai no Brasil. “Isso é uma grande inovação do Senai, porque ele capacita as pessoas para trabalharem nas empresas daqui, profissionalizando a mão de obra da região, sem a necessidade de precisarmos contratar profissionais de fora”, diz Firmino da Silva, representante da empresa Estanho de Rondônia – Ersa. De acordo com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Estanho de Rondônia S/A é constituída pela Mineração Santa Bárbara, no município de Itapuã do Oeste, e por uma fundição em Ariquemes. Na unidade de mineração é extraída a cassiterita, enquanto na de fundição a mesma é fundida e transformada em estanho na forma de lingotes.

A jazida tem reservas demonstradas de mais de 25 mil toneladas e recursos de mais de 54 mil toneladas de estanho contido. A capacidade anual da mineração é de 1,2 mil toneladas de cassiterita. A fundição tem capacidade para processar anualmente 3,6 mil toneladas de estanho metálico.
Para o geólogo aposentado Vital Vanderlei, o grande problema na região de Ariquemes é encontrar mão de obra qualificada. “Eu tenho 42 anos de formado e estou aposentado há dois. Como já trabalhei muito no Estado, que é promissor nessa área, posso dizer que esse curso vai colaborar com o grande problema encontrado aqui: a falta de profissional qualificado”, disse.

Para o diretor da Escola Senai Ariquemes (CEET José Fernandes Moura), Roberto Souza Tavares, com a implantação futura do curso técnico em mineração no município, o Senai vai poder não só capacitar em Ariquemes, mas enviar trabalhadores capacitados para outros Estados. “Há 10 anos que o Senai vem desenvolvendo tecnologias em mineração no Estado. Nós fizemos uma pesquisa diretamente com as indústrias mineradoras e com os grupos nacionais de minério, que estão instalados no Estado, e definimos que o problema hoje da classe é a falta de profissionais”. (GUSTAVO REBOUÇAS)