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Antônio Ocampo assume Funcultural

Talvez dos auxiliares nomeados pelo prefeito Hildon Chaves, Antônio Ocampo Fernandes tenha sido o mais festejado. Assim que surgiu a..

Publicado: 04/01/2017 às 05h15

Talvez dos auxiliares nomeados pelo prefeito Hildon Chaves, Antônio Ocampo Fernandes tenha sido o mais festejado. Assim que surgiu a notícia de que ele seria o presidente da Funcultural a maioria dos segmentos culturais aprovou. Inclusive, quando também começaram a aparecer nas redes sociais listas nas quais constavam outros nomes para assumir a cultura do município a turma não acreditou. “Tem que ser o Ocampo mesmo” era o que ouvíamos pelos quatro cantos da cidade. Tanto que o procuramos para falar sobre sua administração na Funcultural e ele apenas exigiu, que a entrevista só fosse gravada e publicada após ser empossado no dia 1º. Assim, o encontramos no gabinete do prefeito no palácio Tancredo Neves quando da transmissão de cargo do ex-prefeito Mauro Nazif para o prefeito Hildon Chaves e ali batemos o papo no qual, ele garantiu com todas as letras, que a prefeitura, leia-se prefeito Hildon Chaves, vai fazer repasse de subsídios financeiros para as escolas de samba desfilar no carnaval deste ano. “Não vai ser o sonhado pelos carnavalescos, mas, vamos sim ajudar as escolas com algum recurso”. Outra notícia que com certeza vai deixar muita gente feliz é a da garantia da recuperação da Madeira-Mamoré. “Meu sonho é em dois anos, colocar o trem para rodar”, durante os primeiro cem dias de governo, Ocampo promete ajeitar o Dique do Plano Inclinado, assim como vai convocar nos próximos 10/15 dias os segmentos culturais para discutir as demandas de cada setorial.

Acompanhe a entrevista.

Zk – Mais uma vez assumindo a cultura do município de Porto Velho?
Ocampo – Quero primeiro agradecer a confiança do nosso prefeito por ter nos convidado desde o início, ele sempre falou que eu estaria na equipe e definiu como sendo da Cultura. Estou pronto para este novo desafio junto com a área cultural. Depois que a gente teve certas experiências, aprendemos que não se faz nada sozinho, esse sacrifício amigo, vai ser de toda área cultural. Quero ser altamente transparente com o recurso que a gente tem disponível, recurso que caiu praticamente para um terço do que era nos anos anteriores.

ZK – Como foi manter sigilo sobre o convite para ser secretário?
Ocampo – Ha mais ou menos cinquenta dias já tinha conhecimento que poderíamos assumir a cultura. É difícil você segurar! Lembro que na nomeação do Chiquilito foi questão de duas semanas. Na gestão do governador Cassol foi também parecida com a atual, tive que guardar por 45 dias e com o Dr. Hildon foi mais esticado e a gente teve que segurar. Lembro que o Dr. Hildon é promotor e ele guarda informações, essa prática, depois que vim entender, ele colocou a gente numa situação parecida com a dele de preservar os nomes e a gente também não podia cantar por aí que era secretário, até porque, você sabe que na política, como já dizia um senador antigo lá de Minas Gerais, Magalhães Pinto “A política é como nuvem, muda a cada momento”. Nós amadurecemos também, já são 20 anos praticamente como secretário é o que digo, é um grande desafio.

 Nós amadurecemos também, já são 20 anos praticamente como secretário é o que digo é um grande desafio.

Zk – O grande calo seco das administrações que assumem a prefeitura pela primeira vez é o carnaval, me refiro ao carnaval das escolas de samba. Como é que vai ser na gestão do Dr. Hildon?
Ocampo – Primeiramente, isso vai pra todos os eventos de grande porte que estão no calendário fixo e nacionalmente como é o caso do carnaval. Temos que trazer o carnaval pra época do carnaval. Não quero mudar muita coisa do que aconteceu nos anos anteriores, mas para 2018 vamos fazer um calendário e ele vai ter que ser cumprido. Carnaval vai ter que ser na época do Carnaval.

Zk – E o carnaval deste ano?
Ocampo – Vamos realizar o Carnaval deste ano com toda pompa. Quero reunir com os carnavalescos tanto dos blocos como das escolas de samba para juntos escolhermos o Rei Momo e sua Corte. Vamos realizar o Baile Municipal. O prefeito vai entregar a Chave da Cidade para a Banda do Vai Quem Quer através da presidente Siça. Temos que retomar as origens do nosso carnaval.

Zk – É verdade que já tem festa municipal programada?
Ocampo – Vamos fazer a comemoração da instalação do Município de Porto Velho no dia 24 de janeiro com uma festa, que podemos classificar de médio porte, mas vamos fazer. Temos que comemorar nossas datas, o calendário é bonito na área cultural. Temos o dia do artista plástico, o dia do escritor, do músico, vamos aproveitar amigo, cultura não tem segredo. O que precisa é captarmos recursos junto à iniciativa privada e isso vai acontecer. Vamos fazer um esforço, o prefeito tem nos dado respaldo para fazermos a implantação da Lei de Incentivo à Cultura. Vamos trabalhar com o dinheiro público por meio de editais, vamos colocar isso em prática. Vamos privilegiar todo mundo por mérito e não porque é amigo.

Zk – Sobre a Madeira-Mamoré?
Ocampo – A Madeira-Mamoré mora dentro de mim e caiu essa responsabilidade pra nós. Tenho um desafio comigo que em dois anos tenhamos o trem circulando. Vamos fazer um esforço junto à sociedade e elaborarmos um Projeto bonito e consistente, não com sonhos, mas que seja real pra ser executado e com esse Projeto, vamos bater às portas das embaixadas, das empresas, se Deus quiser amigo, isso é possível, não é segredo. Já vou adiantar, nesses Cem Dias, queremos reabrir o Galpão nº 1 com uma exposição e as peças serem colocadas no Museu aos poucos. Outra coisa que pretendemos fazer nesses Cem Dias é recuperar o Dique do Plano Inclinado. Aquilo ali tá um perigo. Vamos pedir ajuda da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Zk – Com é que você está recebendo a Funcultural financeiramente falando?
Ocampo – Com apenas um terço dos recursos dos anos anteriores. Quero ser muito transparente com isso. Não vai ter segredo pra ninguém, tanto que vou me reunir nos próximos dez/quinze dias com todo mundo e quero que todo mundo participe. Como vamos apoiar o teatro, a música. Como vamos dividir esse bolo, honestamente, com todo mundo. Vamos fortalecer as setoriais e em consequência o Conselho Municipal de Cultura.

 Vamos trabalhar com o dinheiro público por meio de editais, vamos colocar isso em prática. Vamos privilegiar todo mundo por mérito e não porque é amigo.

Zk – Posso colocar que a prefeitura através da sua gestão na Funcultural garante o repasse de subsídios para as escolas de samba desfilarem este ano?
Ocampo – Sim, não vai ser o repasse sonhado, mas, quero aqui já me comprometer para 2018 que a gente comece um Projeto em março deste ano, para quando chegar 2018 não estejamos dependendo apenas do recurso público. Vamos fazer o carnaval na data, uma coisa que quero discutir com o segmento das escolas de samba, é que a gente realize o Carnaval num dia só, em dois dias fica muito caro.

Zk – Sua mensagem?
Ocampo – A mensagem é um pedido à classe cultural que esteja conosco, que participe conosco nesse ano difícil que vamos passar. Posso dizer que grandes coisas vão acontecer este ano de 2017, não tenho dúvida disso.

Por Sílvio Santos Diário da Amazônia

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