Até o final da tarde de ontem a Polícia Civil de Rondônia trabalhava nas investigações sobre o assassinato do ex-prefeito de Ministro Andreazza, Neuri Carlos Persch (PTB), ocorrido na noite de quarta-feira. No domingo ele passou o cargo ao prefeito eleito em 2 de outubro, Arnaldo Strellow (PMDB).

O diretor de Polícia do interior, delegado Arismar Araújo, adiantou apenas que as equipes trabalham com algumas informações que não podiam ser reveladas para não atrapalhar o andamento das ações.

Neuri Carlos, que tinha 48 anos, foi morto por volta das 19h, com sete tiros, quando tomava chimarrão com seus irmãos, em frente à residência da sua mãe, na rua Bahia, na área Central da cidade.

Os assassinos chegaram em uma motocicleta baixa de cor escura, que as testemunhas não souberam precisar se era preta ou azul. Eles usavam camisetas de manga longa escura, luvas, e capacete, eram magros, com estatura mediana.

O garupa, antes de descer do veículo, efetuou o primeiro disparo contra o ex-prefeito. Neuri caiu, nesse instante o atirador que estava a uns dois metros da vítima desceu da moto, se aproximou e ainda efetuou mais seis disparos.

Os tiros acertaram a cabeça, as costas e a mão do ex-prefeito. Segundo a perícia, o disparo na mão foi um gesto de tentativa de defesa da vítima.

Neuri, que deixou esposa, dois filhos e um neto, já tinha sido ameaçado de morte entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, quando a segurança foi reforçada. Mas a polícia não conseguiu identificar o ameaçador.

Neuri tomaria posse ontem como secretário de cacoal

Neuri Carlos Persch tinha sido nomeado na quarta-feira secretário municipal de Planejamento de Cacoal pela prefeita Glaucione Rodrigues. Sua posse estava prevista para ontem. Ele foi prefeito por quatro mandatos de Ministro Andreazza e ainda foi vereador constituinte. Na terça-feira, Neuri passou o cargo de presidente do Consórcio Intermunicipal dos Municípios de Rondônia (Cimcero) para a prefeita reeleita de São Francisco do Guaporé, Gislaine Lebrinha (PMDB), para o biênio 2017/2018.

Em nota, a Associação Rondoniense de Municípios (Arom) disse que recebeu a notícia com perplexidade e clamou às autoridades que promovam, “prioritariamente, com emprego de todos os aparatos investigativos possíveis, a elucidação do crime”.