Se vivo fosse o empresário, carnavalesco e agitador cultual Manoel Mendonça Costa – Manelão, completaria na data de hoje, 09, 68 anos de idade. Filho do casal Maria e Jersey Costa, Manelão ainda muito jovem veio morar em Porto Velho, onde se transformou no maior e melhor abridor de cofre, além de chaveiro. Paralela a sua profissão de chaveiro se envolveu com várias entidades culturais, em especial as carnavalescas, como o Bloco da Cobra, Escola de Samba Pobres do Caiari da qual chegou a ser presidente. Criou entre outros, os blocos do Zé Atraca (origem do personagem Zé Katraca), bloco do Bode, Escorrega Lá Vai Um e o bloco do Purgatório, todos considerados bloco de sujo.

No início dos anos 80, para ser mais preciso, em 1981, em parceria com Narciso Freire, Emil Gorayebe Filho, Evamar Mesquita, Paulo Queiroz, Sílvio Santos, Cláudio Carvalho, Bráulio Bigode, Antônio Edson – Nenem e Jurandir Sena criou a Banda do Só Vai Quem Quer, cuja presidência exerceu até sua morte, no dia 28 de fevereiro de 2011. Ainda como carnavalesco foi um dos incentivadores da criação da escola de samba Acadêmicos do São João Batista.

Manelão, o contador de histórias

Na sede do chaveiro Gold, Manelão sempre deixava uma cadeira ao seu lado, que com o tempo passou a ser chamada de “confessionário”, pois, era ali, que ele convidava sempre para sentar, um conhecido, para ouvir suas histórias e estórias. Um desses amigos, na realidade, o mais frequente, era o Sílvio Santos – Zekatraca, que de tanto ouvir as histórias e estória do Manelão, resolveu colocá-las num livro que deu o título de “As Peripécias do General”. General foi como Manelão passou a ser chamado a partir dos anos 90, por comandar com a austeridade de um militar (General), a Banda do Só Vai Quem Quer desde sua criação em janeiro de 1981.

Para comemorar a data, o autor das Peripécias estará autografando o livro a partir das 10h de hoje dia 09, no Mercado Cultural. “Aqueles que não tiverem tempo para comparecer ao Mercado Cultural, é só ligar para (69) 9 9302-1960 que um emissário levará o exemplar no endereço indicado. “A melhor maneira que achei para lembrar o aniversário do amigo Manelão foi contando suas histórias a quem compareecer ao Mercado Cultural na manhã de hoje”, finalizou Sílvio.