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Benjamin Mourão o presidente do Jubileu de Prata do Galo

O bloco carnavalesco Galo da Meia Noite vai festejar no próximo carnaval, seu Jubileu de Prata, 25 anos de fundação e de acordo com o..

Publicado: 27/11/2016 às 05h55

Mourão ladeado pelos carnavalescos Carlinhos Maracanã e Carlinhos Mocidade em feijoada em sua homenagem

Mourão ladeado pelos carnavalescos Carlinhos Maracanã e Carlinhos Mocidade em feijoada em sua homenagem

O bloco carnavalesco Galo da Meia Noite vai festejar no próximo carnaval, seu Jubileu de Prata, 25 anos de fundação e de acordo com o Benjamin Mourão da Silva Jr. – Mourão eleito presidente do bloco no dia 26 de setembro passado, o desfile em comemoração a tão importante data, será apenas na base de marchinhas, frevos e samba enredo. “Temos mais de 80 marchinhas e frevos gravadas em CD e pelo menos até o carnaval passado essas músicas não foram tocadas em nossos desfiles”. Além disso, no próximo dia 3 de dezembro o bloco vai realizar o concurso de Marchinhas e Frevos sobre o tema “Jubileu de Prata do Galo”, além de ser obrigado constar da letra da música o nome dos fundadores do bloco no caso Magda, Edson Caúla, Jorginho Boquinha e Carlinhos Mocidade. Na entrevista que segue Mourão fala sobre sua vida em Rondônia e de como se tornou presidente do Galo da Meia-Noite.

ENTREVISTA

Zk – Fala sobre você?
Mourão – Meu nome é Benjamin Mourão da Silva Júnior. Nasci em Castanhal no estado do Pará, vim para Rondônia em 1979 para trabalhar no Incra como desenhista, fui lotado no Projeto Fundiário Jaru/Ouro Preto – PFJ sediado em Ji Paraná. Fiquei no Incra durante cinco anos. Depois fui para Presidente Médice a convite do prefeito José Cunha (já falecido), trabalhando no planejamento da cidade, de lá fui pra Cacoal trabalhar num escritório de engenharia. De Cacoal fui pra Jaru quando o Antônio Campanari foi Interventor, lá fui diretor de Obras da prefeitura e daí fui ser secretário de Obras em Theobroma, antes disso, estive em Ariquemes a convite do Amorim e fiquei oito anos trabalhando lá, até que vim pra Porto Velho.

Zk – Rodou quase o Estado todo?
Mourão – Vim para Porto Velho também como desenhista com o engenheiro Ênio Melo, irmão do Ernesto o Poeta da Cidade, depois fui trabalhar com o Aurélio Chaves. Teve um tempo que fiquei trabalhando com o Orlando Guimarães, já na área de segurança do trabalho.

Zk – Como surge o Mocambo no teu caminho?
Mourão – Primeiro morei no Nova Porto Velho onde me separei da mulher e fui morar na rua Buenos Aires, depois passei para os apartamentos do “Vasco”, que ficava na Euclides da Cunha perto do Ferroviário. Então surgiu a oportunidade de alugar um apartamento no Mocambo, bairro que sempre sonhei em morar. Moro no Mocambo há 13 anos.

 Para o dia 11 de fevereiro, no encerramento da exposição do Jubileu de Prata, realizaremos a campanha de doação de sangue, Galo Sangue Bom, junto à Fundação Banco de Sangue do Estado de Rondônia.

Zk – E o envolvimento com os blocos carnavalescos?
Mourão – Isso começou com o Galo da Meia-Noite a convite do Sílvio Boi e do Edson Caúla. Eles estavam precisando de uma pessoa para ajudar a fazer o “Caldo” e o Boi falou que eu sabia cozinhar, isso foi em 2002. No ano seguinte, me colocaram como diretor de patrimônio porque eu tinha uma boa letra. Era o encarregado de receber as bebidas para o ensaio. Bem assessorado pelo Carlinhos, Boquinha, Caúla na época o Buchada ainda participava, o finado Serjão, dona Yolanda, Joyce e Jeani. Com esse trabalho fui eleito vice-presidente na chapa do Orlando Guimarães inclusive, fizemos uma música em homenagem a ele “O qui, qui do presidente” porque ele gaguejava muito nas reuniões. O certo foi que fiquei como vice durante nove anos sem ser vascaíno (a família Caúla/Corbim é quase toda vascaína), sou botafoguense de coração.

Zk – E agora?
Mourão – Tive a oportunidade de ser eleito presidente. Primeiro recebi um convite do Carlinhos Mocidade, um dos fundadores do bloco, apenas para fazer parte da diretoria e aceitei, talvez porque ele sabe que gosto de ajudar, principalmente quando se trata de entidade carnavalesca. Em setembro terminou o mandato do Thiago Caúla só, que já tínhamos as pessoas que iriam compor a nova diretoria. Segunda-feira, dia 26 de setembro, na Casa da Cultura Ivan Marrocos, presentes sete diretores com direito a voto, fomos aclamado presidente.

Vera do Zizi, Lu Silva, Ana Célia, Luciana Oliveira e Benjamin Mourão em evento social

Vera do Zizi, Lu Silva, Ana Célia, Luciana Oliveira e Benjamin Mourão em evento social

Zk – O que a nova diretoria tem de novidade?
Mourão – Para quem não sabe, o Galo completa no próximo carnaval, 25 anos de folia desfilando sempre às quintas-feiras pelas ruas da cidade e a comemoração, podemos dizer, já começou, pois no próximo dia 3 de dezembro, realizaremos no Mercado Cultural o Concurso de Marchinhas e Frevos e os ensaios para esse evento, estão acontecendo toda quarta-feira na praça São José, no bairro do Mocambo com início às 20h.

Zk – Quantas parcerias inscreveram marchinhas?
Mourão – Foram inscritas músicas de várias parcerias: Waldison Pinheiro, Beto Sá do Cavaco (Guajará-Mirim), Silvia Pinheiro e as Pastoras, Silvio M. Santos, Carlinhos Maracanã/Jair Monteiro, Torrado, Toninho Tavernard, Dimarcy/Cabo Sena/Dimas Jr, Bainha/Oscar/Zé Baixinho e Cristóvão Nascimento. Resumindo, 10 músicas estarão concorrendo à melhor marchinha sobre o Jubilei de Prata do Galo da Meia-Noite.

Zk – O Galo tem fama de não tocar suas marchinhas em seu desfile. Isso vai mudar?
Mourão – Você tem razão, porém, a partir do próximo carnaval, a Banda Carijó que agora está sob o comando do maestro Mário Nilson do Cavaco só vai tocar marchinhas, frevos e samba-enredo. O Galo da Meia-Noite é um dos blocos que tem mais músicas próprias, feitas por compositores de Porto Velho. São mais de 80 composições gravadas em CD e essas músicas não tocavam em nossos desfiles. Nossa diretoria tomou a decisão de que no desfile em comemoração aos 25 anos do bloco, só serão tocadas as marchinhas dos nossos compositores.

Zk – Como será a programação do Galo da Meia-Noite para o próximo carnaval?
Mourão – Começamos quarta-feira passada, dia 23, com a realização do primeiro ensaio das marchinhas inscritas para o concurso que vai acontecer no dia 3 de dezembro no Mercado Cultural. Na próxima quarta-feira, dia 30, vai acontecer mais um ensaio com os compositores que ainda não ensaiaram suas músicas. Como já dissemos, dia 3 de dezembro será realizado o concurso no Mercado Cultural a partir das 18h.

 O bloco chega aos seus 25 anos com muita história pra contar e com o mesmo entusiasmo que fizeram dele uma das mais aclamadas agremiações carnavalescas da cidade.

Zk – E o lançamento das camisetas?
Mourão – No dia 13 de janeiro de 2017, promoveremos a abertura da exposição com a história do Galo. Estamos negociando com a direção da Casa da Cultura Ivan Marrocos para essa exposição ficar lá. No mesmo dia será apresentado o abadá para o carnaval 2017. A exposição estará disponível para visitação até o dia 11 de fevereiro de 2017.

Zk – Os ensaios vão acontecer aonde e a partir de quando?
Mourão – Os ensaios começam no dia 14 de janeiro no Mercado Cultural. Vamos promover seis ensaios, todos no Mercado Cultural. Para participar da festa, o folião deverá levar um quilo de alimento não perecível que será doado para uma entidade filantrópica ou social. O folião receberá no ato da entrega do seu alimento um cupom para ter direito ao sorteio de vários brindes, entre eles abadás do bloco para Carnaval de 2017. Carnaval é festa, mas também é responsabilidade. Queremos também dar nossa colaboração social junto aos nossos parceiros. Além da doação de alimento não perecível, o Galo da Meia-Noite preparou para o dia 11 de fevereiro, no encerramento da exposição do Jubileu de Prata, a campanha “Galo Sangue Bom”, junto à Fundação Banco de Sangue do Estado de Rondônia (Fhemeron).

Zk – Para encerrar?
Mourão – Galo da Meia-Noite vai desfilar no dia 23 de fevereiro. O bloco chega aos seus 25 anos com muita história pra contar e com o mesmo entusiasmo que fizeram dele uma das mais aclamadas agremiações carnavalescas da cidade. Queremos contar um pouco dessa história a todos os foliões que amam o bloco. Nossa razão de ser sempre foi o brincante e para ele estamos preparando uma festa inesquecível.

Por Sílvio Santos Diário da Amazônia

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