BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

Rondônia produziu 2.277 milhões de abacaxis em 2017

Número ultrapassa a marca de 2016, de 2.026 milhões. Porto Velho tem destaque nessa agricultura.

Publicado: 09/04/2018 às 10h28
Atualizado: 09/04/2018 às 10h32

(Foto: Daiane Mendonça/ Secom)

A produção de abacaxi alcançou 2.277 milhões de frutos em Rondônia no ano passado, esse número ultrapassa a marca de 2016, de 2.026 milhões de abacaxis produzidos. De acordo com Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em Porto Velho a crescente produção da cultura do abacaxi tem superado expectativas da agricultura familiar.

Vilmar trabalha com abacaxi há seis anos (Foto: Daiane Mendonça/ Secom)

Vilmar de Mello é produtor rural e há seis anos trabalha com abacaxi, em entrevista a Secom ele destacou que o investimento feito na área já passa de R$ 60 mil durante os seis anos. “Eu comecei com 15 mil pés, com as mudas que eu trouxe lá das terras do meu pai (em Ariquemes). Até o meio do ano quero subir os 40 mil que tenho agora para 60 mil. Todo mês eu tenho a fruta e os meus compradores de feira e comércio local vem buscar direto comigo. Meu preço é R$ 3, e os revendedores conseguem levar ao consumidor final por até R$ 5”, explicou. Mello trabalha em uma área de 2 hectares e 40 mil pés de abacaxi.

A melhor forma para adiantar a colheita, sem prejudicar o plantio é por meio da indução floral, conforme explica a extensionista rural e engenheira agrônoma, Solange Dantas, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).“São dois produtos que auxiliam esse processo, que é o etrel ou o carboreto de cálcio. Se o tempo de colheita seria de até 22 meses, o período reduz para 14 meses com a indução, o que para o produtor dá resultado e lucro muito mais rápido, além de não deixar faltar o produto no mercado”, explica Solange.

Segundo informações da Secom as áreas de maior produção, além da capital, são as de Cujubim, Itapuã gerando um preço médio de venda para o produtor de R$ 2,03 em todo o estado, e Guajará-Mirim é a cidade que melhor paga ao produtor, comprando a fruta por R$ 2,30, direto do produtor. Já o município de Cacoal, é o que menos paga, sendo o valor pago ao produtor de R$ 1,50.

O secretário adjunto estadual de Agricultura (Seagri), José Paulo Gonçalves, pontua que a vantagem do abacaxi é que pode ser tanto a renda principal para o pequeno produtor, como uma renda secundária. “Pode ser utilizado com culturas intercaladas, com plantio em filas duplas, com culturas de ciclo maior ou menor, como é o cado do milho, que em três meses se tira a cultura e a sombra não afeta. Também pode ser intercalado com a floresta plantada, que enquanto as árvores estão crescendo o produtor explora o abacaxi e gera uma renda até que o plantio de árvores está desenvolvendo em dois ou três anos. Enfim, o abacaxi pode ser intercalado com mandioca, quiabo, abóbora, maracujá, e até mesmo com o café, tudo isso é uma facilidade que a cultura dessa fruta proporciona”, disse José Paulo.

Por Redação Diário da Amazônia

Deixe o seu comentário