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Abaitará forma a 1ª turma esse ano

O Instituto Estadual de Educação Rural Abaitará, o primeiro do Estado de Rondônia irá formar a primeira turma de alunos técnicos esse..

Publicado: 01/03/2015 às 04h00
Atualizado: 29/04/2015 às 01h00

Governo do Estado  está investindo aproximadamente R$ 4 milhões em ampliação de salas de aula na unidade de ensino, região de Pimenta Bueno

Governo do Estado está investindo aproximadamente R$ 4 milhões em ampliação de salas de aula na unidade de ensino, região de Pimenta Bueno

O Instituto Estadual de Educação Rural Abaitará, o primeiro do Estado de Rondônia irá formar a primeira turma de alunos técnicos esse ano. O Instituto fica localizado no Km 32 da Rodovia-010, no Município de Pimenta Bueno, há 525 Km de Porto Velho.

Francismar Pereira Rodrigues de 16 anos é aluno do 3° ano do Instituto Abaitará, o aluno mora em São Felipe do Guaporé. Ele explica que vem de uma família que tem origem rural e por isso fez questão de estudar no Instituto “Minha vontade sempre foi permanecer no sítio, por isso fiz questão de estudar aqui, quero me especializar para tornar a propriedade da minha família lucrativa, para conseguir garantir um futuro promissor pra mim e minha família”, explica o jovem aluno que se forma esse ano.

Bruna Carla Nardo, de 16 anos, que também conclui o curso esse ano, explica que mora no município de Primavera de Rondônia com a família que também tem origem rural. “O que aprendo aqui já estou colocando em prática na propriedade da família, nossos pais e avós foram passando conhecimento de geração em geração, aproveito tudo isso aliado às técnicas corretas”, ressalta Bruna que está feliz com os resultados alcançados.

Cinco salas de aula já foram concluídas e todas receram aperelhos de ar-condicionado.

Cinco salas de aula já foram concluídas e todas receberam aparelhos de ar-condicionado.

A estudante elogia a iniciativa do governo do Estado em investir neste tipo de educação em Rondônia, pois oferece o ensino regular aliado à educação no campo, com aulas teóricas e práticas, fazendo com as novas gerações de produtores tratem suas propriedades rurais como uma empresa. Quem ganha com isso é o próprio Estado que irá aumentar a produção no campo e o produtor, que irá aumentar sua produção, garantindo mais lucratividade e consequentemente melhor renda e qualidade de vida para viver no campo.

“O Instituto Abaitará fixa os filhos dos produtores no campo, evitando o êxodo rural” afirma Bruna Carla, que pela falta de perspectivas a maioria dos jovens filhos de agricultores não queria permanecer no campo e estava indo estudar na cidade e não queriam mais voltar para o convívio com a família na zona rural.

Sérgio Seixas é professor de biologia e biodiversidade do Instituto Estadual Abaitará e ressalta a importância dessa modalidade de ensino. “O Instituto além de ser uma escola diferenciada, trabalha com a base do ensino médio, que garante conhecimento para os alunos construírem suas carreiras, vai além com técnicas em agroecologia, visando alta sustentabilidade” explica o professor que essa disciplina reflete exatamente o momento em que vivemos com crise mundial e crise hídrica.

O professor explica que esses problemas, serão resolvidos quando o ser humano for mais sustentável, quando olhar para o meio ambiente e enxergar a diversidade, valorizar a produção orgânica, quando perceber esses parâmetros, ter uma vida sustentável em harmonia com a natureza, convivendo com a agroecologia. “O aluno que estuda aqui pode ser médico, arquiteto, professor seguir qualquer profissão e ter vínculo com o campo, pois aqui ele aprende isso”, afirma o professor.

Governo investe R$ 4 milhões no Instituto estadual

Esta em fase de execução  no instituto três alojamentos

Esta em fase de execução no instituto três alojamentos

O Instituto Abaitará tem uma área vasta com 272 hectares sendo 153 de Floresta com projeto de manejo. O Governo do Estado está investindo aproximadamente R$ 4 milhões em ampliação de salas de aula e infraestrutura para o Instituto.

Esta enfase de execução uma quadra poliesportiva coberta, três alojamentos, todos tem lavanderia acoplado, cada pavilhão com capacidade para abrigar 36 alunos, uma pocilga, um aprisco, um curral e um aviário. Cinco salas de aula já foram concluídas. Todas climatizadas, compostas com data show e carteiras almofadadas e já estão sendo utilizadas pelos alunos e professores.

Segundo a vice-diretora, Luciene Gonçalves o Instituto atende 150 alunos, dos quais 120 moram na instituição em tempo integral. Nos finais de semana o aluno é liberado para ir para casa, mas a maioria permanece no Instituto, pois moram longe e o custo fica alto para ir e voltar, “Muitos alunos só vão para casa no período de férias, eles moram aqui”, afirma à educadora.

A instituição que tem orçamento próprio de R$ 1,540 milhão por ano aplica os recursos com muita responsabilidade. Recentemente foram adquiridas por meio de pregão eletrônico, 18 vacas da raça girolanda e um touro, no valor de R$ 70 mil. Alguns animais já criaram e estão produzindo leite, que está sendo utilizado na alimentação dos alunos.

Além das aulas teóricas, os alunos desenvolvem aulas práticas no trato com os bovinos, na piscicultura, fruticultura e hortaliças. A horta conta com um sistema de irrigação controlada por censor. Às 7h30 e as 16h30 o sistema liga automaticamente e irriga as hortaliças por 20 minutos, tempo suficiente para manter as plantas saudáveis. O curso de ensino técnico em agroecologia integrado ao ensino médio tem duração de três anos e irá formar técnicos

Confúcio Moura e a primeira dama, a médica Maria Alice

Confúcio Moura e a primeira dama, a médica Maria Alice

que irão atuar na linha de agroecologia e orgânica.

A importância do conhecimento

O governador Confúcio Moura e a primeira dama, médica Maria Alice, estiveram visitando o Instituto Abaitará na sexta-feira (27), ocasião em que conversaram com professores e alunos e vistoriaram as obras que estão sendo executadas na instituição de ensino.

Confúcio Moura disse que o fundamental do Instituto é formar empreendedores, pessoas que possam modificar o meio em que vivem, com ideias novas, com conhecimento, fazer um choque de gerações entre o avô, o pai e o filho, onde entra o contra ponto diferenciado que é o conhecimento técnico.
O pai plantava o café do jeito, o avô também, “Aqui os filhos vão aprender como a Embrapa quer, pesquisas feitas com especeis rondonienses, ele vai levar esse conhecimento para a propriedade da família”, destaca o governador.

Quanto aos investimentos que estão sendo feitos na instituição de ensino, o governador Confúcio Moura disse que são importantes, mas ressaltou a importância de se investir no conhecimento científico. “Precisamos entrar no campo da biblioteca, da tecnologia, dos laboratórios científicos, solo, biologia, enfim uma série de outros laboratórios especializados”, afirma Moura destacando que além de servirem como laboratórios de estudos para os alunos, eles também possam prestar serviço a comunidade, as prefeituras, aos colonos que quer fazer uma análise de solo para corrigir a terra corretamente.

 

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